Polícia prende estrangeiros durante lipoaspiração e interdita clínica sem licença para realizar cirurgia no RJ
Anestesista colombiano não tinha autorização para atuar no Brasil e tentou tirar o jaleco no momento da chegada dos agentes
Rio de Janeiro|Gabriel Vital*, do R7 com Anabel Reis da Record

A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu dois estrangeiros e interditou uma clínica de cirurgia estética que não tinha licença para procedimentos de alta complexidade, nesta quarta-feira (22), em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
Os agentes chegaram no momento em que uma paciente, de 29 anos, passava por uma lipoaspiração.
• Clique aqui e receba as notícias do R7 no seu WhatsApp
• Compartilhe esta notícia pelo WhatsApp
• Compartilhe esta notícia pelo Telegram
• Assine a newsletter R7 em Ponto
A mulher havia sido sedada por um colombiano que não tinha autorização para atuar na profissão no Brasil. Com a chegada da polícia, ele teria tentado retirar o jaleco, que tinha o nome e a especialidade dele.
O suposto anestesista foi detido junto de um médico peruano, que também participava da cirurgia. Os dois foram encaminhados para uma audiência de custódia, que vai decidir a manutenção da prisão em flagrante.
Segundo a polícia, os investigados serão indiciados por associação criminosa, exercício irregular da profissão e crimes contra o consumo. Somadas, as penas podem chegar a nove anos de detenção.
Paciente passou mal
A mulher que já havia iniciado a cirurgia passou mal e precisou ter o quadro estabilizado pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). Ela foi internada no Hospital Geral de Nova Iguaçu, segundo a polícia.
Além dela, outra paciente já havia passado por uma cirurgia no local e mais três aguardavam na sala de espera.
Investigações
Em entrevista à Record Rio, o delegado Luiz Henrique Pereira afirmou que as investigações começaram por meio de anúncios nas redes sociais considerados suspeitos por conta dos valores abaixo do praticado para esse tipo de intervenção cirúrgica.
Segundo o delegado, o local não possuía equipamentos para ser usados em caso de complicações nem infraestrutura e condições sanitárias adequadas.
O delegado responsável pelo caso também disse que os donos da clínica foram igualmente indiciados pelo crime de associação criminosa. Eles já haviam sido alvo de outros procedimentos criminais, como o caso da funkeira MC Atrevida, que morreu após um procedimento em 2020.
*Sob a supervisão de Bruna Oliveira
