Cinemaneiro leva conhecimento técnico para produção de filmes para favelas cariocas
Frederico CardosoO Cinemaneiro, projeto que ensina técnicas de produção audiovisual em favelas do Rio, está de volta. Este ano, a iniciativa chega em sua 16ª edição e reúne participantes do Complexo da Maré, Cidade de Deus e Parque União, em Del Castilho. A proposta da oficina é ser ponte entre a técnica e às comunidades carentes da cidade. Podem participar jovens e adultos a partir dos 13 anos de idade, que tenham disponibilidade para participar das aulas duas vezes por semana. As inscrições para a primeira etapa, que começa nesta terça-feira (18), já estão encerradas. Porém, há vagas para as etapas da Cidade de Deus e do Parque União, em Del Castilho. Os alunos poderão se matricular até o dia 5 de maio.
Ao todo, serão disponibilizadas 90 vagas, 30 para cada comunidade. A primeira etapa, realizada no Complexo da Maré, tem início na tarde desta quarta, com aulas ministradas no Cpor (Centro de Operações dos Oficiais da Reserva). A escolha do local não foi por acaso, como indica Viviane Ayres, produtora do projeto.
— A Maré é uma das comunidades que a gente sempre vinha visitar e queríamos estar em comunicação com este local que respira cultura. Além disso, por já termos realizado outras edições, os ex-alunos servem de inspiração para os mais novos, dando aulas.
O Cinemaneiro já qualificou mais de mil pessoas e foi responsável pela produção de mais de 50 curtas-metragens que participaram de diversos festivais por todo o país. Ao final da edição, os alunos serão reunidos no evento de encerramento, aonde serão exibidas todas as produções realizadas, serão entregues os certificados e os DVDs contendo os trabalhos.
O Cinemaneiro é um projeto sociocultural realizado pela Associação Cidadela – Arte, Cultura e Cidadania, através de Lei Municipal de Incentivo do Rio de Janeiro, com patrocínio da LAMSA, concessionária que administra a Linha Amarela, do Instituto Invepar e da Pastoral do Menor.