Um funcionário da Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana) morreu após ser atingido por uma bala perdida durante um confronto entre suspeitos e policiais militares na Vila Cruzeiro, na Penha, zona norte do Rio, na manhã do último domingo (31).
Segundo a Polícia Militar, os agentes foram atacados por disparos e revidaram. Após isso, os policiais localizaram um homem caído no chão.
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Era Marcelo Almeida da SIlva, de 38 anos, gari há mais de oito anos. A família contou que ele estava indo trabalhar quando foi atingido.
A vítima chegou a ser levada para o HEGV (Hospital Estadual Getúlio Vargas), no mesmo bairro, mas não resistiu aos ferimentos.
De acordo com uma das primas de Marcelo, a mochila de trabalho e os documentos dele sumiram após o crime.
"Ele estava com a mochila, com o uniforme dele. A minha tia tinha até o costume de fazer um lanchinho para ele, e tudo ficava na mochila, mas ela sumiu", disse ela.
Outra prima disse que a família quer encontrar os documentos para realizar o sepultamento de Marcelo.
"Já que a vida dele não tem como voltar, a gente quer pelo menos os documentos dele para podermos fazer um enterro digno, porque indigente ele não era não. Era trabalhador, pai de família", desabafou ela.
Após o crime, parentes e amigos de Marcelo fizeram uma manifestação na avenida Brás de Pina, na Penha. A PM foi acionada para dar apoio.
Em nota, a Polícia Civil informou que a DHC (Delegacia de Homicídios da Capital) instaurou um inquérito para investigar a morte de Marcelo. Ela deixa esposa e dois filhos.
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A família de Marcelo informou que o enterro está previsto para a próxima terça-feira (2) no cemitério de Irajá, na zona norte do Rio. Ainda não há confirmação do horário do sepultamento.
*Estagiária do R7, sob supervisão de Bruna Oliveira