O TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro) ordenou que o município do Rio pague pelo tratamento psiquiátrico de um dos sobreviventes do ataque à escola Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste, que deixou 12 estudantes mortos em 2011.
De acordo com a Justiça, o sobrevivente, que hoje tem 23 anos, sofre com sequelas graves decorrentes do atentado. Um laudo pericial atesta que o ex-aluno se tornou um adulto recluso em casa, sem amigos e incapacitado para o trabalho.
Além de conceder o pedido para o tratamento imediato, a 13ª Câmara Cível determinou que o auxílio de R$ 30 mil de indenização pago ao jovem - fixado por uma decisão anterior da 4ª Vara de Fazenda Pública - seja estendido aos pais, com correção monetária.
Segundo o relator do processo, desembargador Fernando Fernandy Fernandes, houve falha do município na vigilância da escola: "não foi impedido que o atirador ingressasse armado na instituição de ensino e ceifasse a vida de crianças e adolescentes inocentes, gerando transtornos psicológicos para os que foram mantidos reféns e presenciaram o assassinato de seus colegas", ressaltou.
O atentado à Escola Municipal Tasso da Silveira ficou conhecido como o Massacre de Realengo. O episódio ocorreu no dia 7 de abril de 2011, quando o ex-aluno Wellington Menezes invadiu o colégio com dois revólveres e matou 12 estudantes. Ele cometeu suicídio após o ato.
Veja a reportagem da Record TV Rio sobre os 10 anos da tragédia:
*Estagiário do R7, sob supervisão de Bruna Oliveira