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Rússia anuncia que irá deixar a Estação Espacial Internacional

Agência russa anuncia saída, porém não estipula data; país foi alvo de sanções pelos parceiros da plataforma orbital

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Soyuz MS-17, nave espacial russa,
indo em direção à Estação Espacial Internacional, em outubro de 2020.
Soyuz MS-17, nave espacial russa, indo em direção à Estação Espacial Internacional, em outubro de 2020. Soyuz MS-17, nave espacial russa, indo em direção à Estação Espacial Internacional, em outubro de 2020.

A Rússia decidiu abandonar a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), mas só revelará a data de saída do projeto um ano antes, informou neste sábado o diretor geral da agência espacial russa Roscosmos, Dmitry Rogozin.

"Elaboramos as nossas propostas, como eu disse, e enviamos ao governo e ao presidente. A decisão já foi tomada. Não temos que falar publicamente, só posso dizer uma coisa, de acordo com os nossos compromissos, informaremos os nossos parceiros sobre o fim do nosso trabalho no ISS um ano antes", disse ao canal público de televisão "Rossia-24".

Em 2 de março, Rogozin disse que proporia ao Kremlin diferentes opções para deixar a ISS depois de os parceiros da Rússia na plataforma orbital não estarem dispostos a suspender sanções a duas empresas civis russas: TsNIIMash, uma empresa de pesquisa em engenharia mecânica, e o Centro Espacial de Foguetes Progress.

A Rússia tinha dado à Nasa, à Agência Espacial Europeia (ESA) e à Agência Espacial Canadense (CSA) um prazo até 31 de março para responderem a este pedido.

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A recusa dos parceiros constituiu a base para a decisão da Rússia de abandonar a ISS quando estavam em curso negociações para prolongar a vida da plataforma orbital internacional até 2030.

O governo russo deu a sua autorização para participar da ISS até 2024, com a intenção de lançar posteriormente a sua própria estação. Na opinião da Rússia, a estação, que foi lançada em órbita em 1998 e deveria ter uma duração de 15 anos, teria de receber "uma enorme quantidade de dinheiro" para a reparar e evitar a sua desintegração "em pedaços" antes de 2030.

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A Nasa reconheceu que as tentativas de separar o segmento americano do segmento russo "representariam desafios logísticos e de segurança significativos dada a multiplicidade de ligações externas e internas, a necessidade de controlar a inclinação e a altitude da nave espacial, e a interdependência do software".

Rogozin argumentou que é impossível controlar a ISS sem o envolvimento da Rússia, pois é o país responsável pela orientação das estações e por evitar colisões perigosas, assim como pelo fornecimento de combustível e de carga.

As correções de órbita da plataforma orbital internacional e toda a propulsão são feitas pelos motores do módulo de serviço Zvezda, do segmento russo, ou pelos cargueiros Progress. 

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