Administração do grupo Aena começou nesta terça
RENATO S. CERQUEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDOEm seu primeiro dia de operação pela iniciativa privada, o aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, apresentou falha nos painéis de informações de voos na manhã desta terça-feira (17).
De acordo com a Aena Brasil, empresa que assumiu a administração do local, nenhum transporte foi prejudicado.
Segundo a concessionária espanhola, houve uma instabilidade no sistema de informação de voos, e já foram tomadas medidas para a normalização.
O primeiro pouso sob a nova gestão aconteceu às 6h03, em um avião vindo de Recife (PE). A primeira decolagem foi do voo Azul 4006, às 6h09, com destino a Belo Horizonte (MG).
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Localizado na zona sul da cidade de São Paulo, o aeroporto de Congonhas é o segundo mais movimentado do Brasil. Em 2019, antes da pandemia, Congonhas teve um fluxo de 22,2 milhões de passageiros. Em 2022, foram 17,7 milhões de passageiros. Até agosto de 2023, já passaram pelo terminal 14,1 milhões de passageiros.
Entre as melhorias de curto prazo previstas pela empresa para o terminal da capital paulista estão a ampliação da sala de embarque remoto, readequação das vias de acesso, reforma dos banheiros e revitalização da fachada.
A empresa venceu, em agosto de 2022, a licitação da sétima rodada de concessões para gerir 11 aeroportos nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Pará. O aeroporto de Congonhas é o terceiro dessa rodada a passar para o controle da Aena. A companhia assumirá a operação dos demais aeroportos, de forma escalonada, até o dia 30 de novembro.
A Aena informa que já realizou investimento de R$ 3,3 bilhões em pagamentos iniciais. Durante a primeira fase do processo, foram feitas a elaboração e a aprovação dos planos de transferência operacionais. Para isso, a companhia fez visitas técnicas aos 11 aeroportos com uma equipe de mais de 60 profissionais. A empresa também promoveu quase 14 mil horas de treinamento a mais de 170 profissionais que vão atuar nesses aeroportos.
Atualmente, a companhia opera o aeroporto de Uberlândia e seis aeródromos no Nordeste do Brasil: Recife (PE), Maceió (AL), João Pessoa (PB), Aracaju (SE), Campina Grande (PB) e Juazeiro do Norte (CE).
A empresa investiu cerca de R$ 2 bilhões em obras, equipamentos e sistemas para melhorar tecnologia, segurança e conforto, com ampliação dos espaços e acréscimo de capacidade operacional.
"Este projeto colocará os terminais do Nordeste em uma posição ideal para enfrentar o crescimento futuro e seguir contribuindo para o desenvolvimento econômico e a estruturação regional", afirma.
No fim do processo da nova rodada, a Aena estará presente em nove estados, com a gestão de 17 equipamentos que são responsáveis por cerca de 20% do tráfego aéreo nacional.