Após uma ação do MPF (Ministério Público Federal) em conjunto com autoridades do Brasil e da Colômbia, cerca de 240 imigrantes colombianos acampados há mais de um mês de forma precária no Aeroporto Internacional de Guarulhos, foi solucionada.
Cinco voos humanitários, sendo os dois últimos na tarde de ontem, saíram com destino a Bogotá, levado os colombianos de volta pra casa.
"O sucesso da ação humanitária só foi possível pelo engajamento de todas autoridades convidadas para reunião, em especial do embaixador da Colômbia e do apoio do Itamaraty", afirma o procurador da República Guilherme Göpfert, responsável por coordenar a ação no MPF.
No grupo havia idosos, crianças e bebês, em situação de completa vulnerabilidade social e sanitária, reivindicando repatriação humanitária ao governo colombiano.
A maioria deles estava no Brasil com suas famílias, e ficaram desempregados em meio a pandemia da covid-19 e instalaram-se no aeroporto internacional de Guarulhos.
"O objetivo da ação humanitária foi atingido com grande êxito. Logramos superar o número de colombianos que constava do censo", explica Göpfert.
A repatriação dos colombianos enfrentou diversos obstáculos. Para permitir o embarque de um número maior de passageiros em um dos voos, por exemplo, foi necessário solicitar à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorização para que a aeronave fizesse uma escala técnica para reabastecimento no aeroporto de Boa Vista (RR), fechado devido à pandemia. Foi também negociada a abertura do espaço aéreo em Bogotá, pois, pela regra vigente na Colômbia, apenas um avião de passageiros por dia poderia pousar na capital.
Grupo de colombianos que mora no aeroporto de Guarulhos exige que o governo do país banque o retorno dos imigrantes