Médico Abib Maldaun Neto, o "nutrólogo dos famosos", é acusado de assédio
Reprodução / Record TVO Cremesp (Conselho Regional de Medicina de São Paulo) anunciou a suspensão do registro de trabalho do médico Abib Maldaun Neto, o "nutrólogo dos famosos". Ele é acusado de cometer abuso sexual contra pacientes que eram atendidas em sua na clínica, nos Jardins, na zona oeste de São Paulo.
Mesmo condenado em julho deste ano a 2 anos e 8 meses de prisão, em regime semiaberto, em um processo que teve início em 2014, o médico continuava atendendo pacientes normalmente. Ele recorreu da decisão do Tribunal de Justiça.
Após o Cremesp ser questionado sobre o fato do médico continuar clinicando, mesmo condenado em primeira instância, a entidade informou que o caso estava sendo analisado em sigiloso. No entanto, nesta sexta-feira (25), o Cremesp anunciou que o médico foi suspenso cautelarmente, por seis meses, podendo ser prolongado, em decorrência de denúncias sobre abuso sexual.
"O Cremesp esclarece ainda que, mesmo com a interdição cautelar, sindicâncias e processos ético-profissionais em curso contra o médico seguirão normalmente, sob sigilo determinado por lei. O Conselho reitera ainda que - dentro de suas atribuições institucionais e de acordo com as normas legais - cumpre seu dever de apurar infrações éticas cometidas por médicos, no exercício da profissão, quando oficialmente acionado ou quando os fatos chegam ao seu conhecimento", afirmou a nota.
Canal de denúncias
O Ministério Público de São Paulo disponibilizou um canal direto por e-mail para receber denúncias de pacientes envolvendo o nutrólogo. As mulheres que preferirem podem procurar a Casa da Mulher Brasileira, que funciona 24 horas, e fica na Rua Vieira Ravasco, 26, no Cambuci,. O telefone é o (11) 3275-8000.
Nota da defesa
Em nota, a advogada de defesa do médico, Dra. Alexsandra, relata não ter conhecimento da suspensão cautelar do médico Abib Maldaun Neto, em decorrência de denúncias de abuso sexual.
Segundo a advogada, os dois processos existentes no CRM estão em andamento e ainda não existe decisão. A advogada afirma, ainda, que "causa estranheza tal informação e que não parece crível uma suposta punição antes do julgamento".