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Em clima tenso, PM joga bombas de efeito moral e manifestantes tentam atear fogo em ônibus

Grupo tentava entrar no terminal Parque D. Pedro 2; Tropa de Choque agrediu repórter do R7

São Paulo|Fernando Mellis, do R7

Manifestantes caminham em direção ao centro de São Paulo durante protesto contra passagem de ônibus
Manifestantes caminham em direção ao centro de São Paulo durante protesto contra passagem de ônibus Manifestantes caminham em direção ao centro de São Paulo durante protesto contra passagem de ônibus (JF DIORIO/ESTADÃO CONTEÚDO)

Os manifestantes que participavam do protesto contra o aumento da passagem de ônibus entraram em confronto com a Polícia Militar na entrada do terminal Parque D. Pedro 2, no centro de São Paulo, na noite desta terça-feira (11). Um grupo teria tentado — sem sucesso — atear fogo em um ônibus, obrigando passageiros a deixarem o coletivo desesperados. A Tropa de Choque jogou bombas de efeito moral e agrediu manifestantes.

A polícia e os manifestantes entraram em confronto quando um grupo tentou entrar no terminal. A Tropa de Choque fechou a entrada do local. Revoltados, os jovens jogaram pedras na polícia, que revidou com bombas de efeito moral. O repórter do R7, que estava no local a trabalho e com a identificação de um crachá, foi agredido por um policial com um cassetete nas costas.

Mais cedo, um homem foi detido durante o protesto. A Polícia Militar que estava no local afirmou que estava apurando os motivos da detenção. Segundo a última atualização da PM, 5.000 pessoas participavam do ato.

Caminho

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Por volta das 19h, o grupo de manifestantes chegou ao centro de São Paulo. Eles caminharam pela avenida Liberdade, que teve todas as faixas em direção ao centro bloqueadas, e passaram pela praça da Sé. Por volta das 19h15, eles desceram a avenida Rangel Pestana. Eles chegaram ao terminal Dom Pedro 2.

Os manifestantes passaram ainda pela ligação leste-oeste. Antes, por volta das 18h, os estudantes caminhavam pela rua da Consolação, sentido centro. Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), eles chegaram a bloquear todas as faixas no sentido centro, com exceção da faixa de ônibus. Por volta das 17h30, o sentido Consolação da avenida Paulista também ficou interditado. O grupo se reuniu na região da praça do Ciclista.

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Diálogo aberto

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Segurando faixas, tambores e apitos, o grupo já afirmava, durante a concentração, que pretendiam caminhar em direção ao centro de São Paulo. Uma das representantes do movimento, Mayara Vivian disse que os manifestantes querem dialogar com as autoridades.

— Já que o Haddad disse que a gente não está aberto ao diálogo... Não, a gente está sim aberto ao diálogo. Só que, a gente não vai sentar em uma mesa de reunião para ficar enrolando a gente e não baixar a tarifa, como tem sido todo ano. A gente tem uma pauta clara, que é barrar o aumento da tarifa na cidade.

Primeiras manifestações

Com o lema “Se a tarifa aumentar, a cidade vai parar! Todo aumento é uma injustiça! Por uma vida sem catracas!”, o grupo reuniu aproximadamente 2.000 pessoas em cada uma das duas passeatas, de acordo com a PM. A primeira delas, na quinta-feira (6), começou no Teatro Municipal, no centro, e terminou na avenida Paulista. Os manifestantes entraram em confronto com a polícia e diversos atos de vandalismo foram registrados no percurso. O presidente do Sindicato dos Metroviários e outras 14 pessoas foram detidas.

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No dia seguinte, o grupo se reuniu no largo da Batata, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo, e partiu em caminhada pelas avenidas Brigadeiro Faria Lima e Rebouças até chegar à marginal Pinheiros. O protesto também teve momentos de tensão com a polícia, mas os atos de vandalismo não se repetiram na mesma proporção. Algumas pichações em ônibus e muros aconteceram.

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