Envenenamento de marmitas m SP completa dois meses e não há presos
Reprodução/ Record TVO envenenamento das marmitas em Itapevi, na Grande São Paulo, completou dois meses nesta terça-feira (22) e até o momento nenhum suspeito do crime foi preso. Dois moradores de rua morreram após ingerir o alimento com chumbinho e um menino permanece internado desde então. As informações são da Record TV.
Fábio Abraão de Araújo, de 11 anos, teve sequelas neurólogicas e ainda está no Hospital Geral de Pirajussara. Flávio Araújo, o pai, foi quem ofereceu a marmita ao filho e à namorada depois de recebê-la de um morador de rua. Agora ele quer que o filho continue o tratamento em casa e reclama do hospital.
Para isso, a pequena casa da família em Itapevi vai precisar ser adaptada para receber uma cama hospitalar e os aparelhos necessários para o tratamento de Fábio. Desempregado, o pai não sabe como vai pagar pelo tratamento, uma vez que o filho se alimenta apenas por sonda. O menino precisa também fazer fisioterapia.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, Fábio só vai ter alta após um parecer médico. Ele está internado desde 22 de julho no hospital em Taboão da Serra, na Grande São Paulo.
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O menino não consegue falar, reconhecer familiares e ainda sente dores fortes. A irmã dele se comprometeu a ajudar o pai a cuidar do irmão quando ele for para casa.
Investigação
O delegado de Itapevi, que investiga o caso, ainda não recebeu os laudos necroscópicos dos dois moradores de rua: Vagner Aparecido Gouveia de Oliveira, de 37 anos, e José Araujo Conceição, de 61 anos. Ele já ouviu mais de 20 testemunhas, mas nenhum suspeito foi detido.
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O laudo descarta que as marmitas tenham sido envenenadas dentro da cozinha onde foram preparadas. A polícia considera a hipótese de vingança contra os moradores de rua.
Para Flávio Araújo, é urgente descobrir quem envenenou as marmitas: "Quanto mais tempo demora, mais difícil é pra prender quem fez isso".