Ataques sofrido por mulher nas redes sociais
ReproduçãoNo dia 2 de setembro deste ano, aconteceu um roubo a um motoboy na região do Grajaú, periferia da zona sul de São Paulo. O crime foi gravado por uma moradora da região e o vídeo ganhou grande repercussão nas redes sociais. A partir disso, a manicure Fabiana Chaider Muniz, de 36 anos, passou a sofrer ataques.
As ofensas contra Fabiana começaram porque, após a viralização das imagens do crime, algumas pessoas passaram a indicar que o ex-companheiro de Fabiana era a pessoa que aparecia no vídeo como o assaltante. Como a manicure e o suspeito haviam terminado o relacionamento apenas quatro meses antes do roubo, nas redes sociais do rapaz ainda tinham fotos do ex-casal.
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“Agora minha vida mudou completamente. Eu tive que excluir meu Facebook, não consigo sair na rua, ir em uma lanchonete. Meus filhos são atacados, eu sou atacada. Só vivo dentro de casa e chorando”, conta a manicure, que afirma sofrer ataques diários há duas semanas.
Entre as informações que circulam nas redes sociais, há fotos com a placa do carro da manicure que foram tiradas enquanto os dois ainda estavam juntos. Também foram compartilhadas imagens dos filhos de Fabiana.
A manicure é mãe de quatro crianças. O mais novo, de apenas dois anos, foi adotado ainda enquanto estava com o ex-companheiro. Segundo a manicura, até os filhos dela tem sofrido ataques virtuais.
Segundo ela, logo depois que o vídeo foi publicado nas redes sociais, a Polícia Civil foi até sua residência atrás do suspeito. No entanto, como eles estão separados e não mantém mais contato, ela não soube informar o paradeiro do rapaz.
Mesmo assim, ela foi convocada para prestar depoimento. Ela, então, compareceu até o 85º DP (Jardim Mirna) e relatou sobre a vivência que teve com ele, o fim do relacionamento e, ainda de acordo com ela, disse sobre os ataques que havia começado a sofrer.
Uma semana depois, Fabiana voltou a delegacia da Polícia Civil para pedir uma cópia do boletim de ocorrência no qual foi ouvida. Os policiais, no entanto, ainda segundo a manicure, negaram dar uma cópia do documento e teria informado que estava sob sigilo.
A reportagem questionou a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo) sobre o motivo de não terem entregue uma cópia do documento para a manicure, já que ela prestou depoimento sobre o caso, e também pediu as informações registradas no boletim.
A secretaria não informou o motivo de ter negado fornecer o documento para Fabiana. No entanto, disse que “a autoridade policial solicitou segredo de Justiça ao caso e aguarda resposta do Poder Judiciário”. A pasta ainda informou que o caso está sendo investigado e a polícia realiza buscas pelo suspeito, que está foragido.
“Mais informações não serão fornecidas no momento, para não atrapalhar o andamento da investigação e não expor a integridade física da vítima”, informou a SSP-SP.