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Ex-companheiro é suspeito de matar diarista com tiro na cabeça em SP

Vítima de feminicídio, Luzileia Queiroz dos Santos, de 39 anos, deixou sete filhos, os dois mais novos (de 2 e 5 anos) são da relação com o suspeito

São Paulo|Ugo Sartori, do R7*

Vítima de feminicídio: Luzileia tinha 39 anos e foi morta com um tiro na cabeça
Vítima de feminicídio: Luzileia tinha 39 anos e foi morta com um tiro na cabeça Vítima de feminicídio: Luzileia tinha 39 anos e foi morta com um tiro na cabeça

A diarista Luzileia Queiroz dos Santos, de 39 anos, foi assassinada com um tiro na cabeça e virou mais uma vítima de feminicídio na última segunda-feira (18). As investigações policiais apontam o ex-companheiro dela, um metalúrgico de 30 anos, como o principal suspeito de ter cometido o homicídio.

O telefone de Alessandro Queiroz dos Santos, de 20 anos, tocou em Luis Eduardo Magalhães (BA), por volta das 2h da segunda-feira (18): “Minha irmã me ligou logo após o ocorrido”. A menina de 14 anos telefonou a mais de 1.500 km de distância para o irmão, do Boqueirão, região do bairro Jardim Colina na zona sul de São Paulo.

“Ela disse que havia acontecido uma tragédia, que minha mãe havia levado um tiro na cabeça e que a ambulância havia acabado de sair”, conta Alessandro.

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De acordo com o boletim de ocorrência registrado no 26º DP (Sacomã), uma das filhas da vítima, de 17 anos, viu o crime sendo praticado pelo ex-companheiro da mãe. A informação foi dada aos PMs que atenderam o caso.

Alessandro é o segundo dos sete filhos de Luzileia e desde os 9 anos ele não mora com a mãe, mas não por isso perdeu contato. “Eu sempre mandava mensagem e ligava para falar com ela. Passei cinco meses com ela no final do ano passado”, ele conheceu o suspeito, mas não poderia imaginar o que aconteceria: “Eu convivi um tempo com ele. Por incrível que pareça, nos dávamos bem… Ele era calmo e sempre na dele”.

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Na casa onde os policiais encontraram Luzileia morta moravam cinco filhos de 2, 5, 14, 15 e 17 anos de idade. Os dois mais novos são filhos do suspeito e segundo a cunhada de Luzileia, que não quis se identificar, o mais velho deles teria visto a discussão entre os pais e o momento em que o homem teria assassinado a mãe.

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Ainda de acordo com a cunhada, o relacionamento do casal durou cinco anos e estavam separados há quase um ano. Mesmo quando estavam juntos, ela afirma que "eles sempre brigaram bastante".

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"Ele já bateu nela e ameaçava os irmãos dela. Dizia que se ela contasse para os irmãos, iria matar todos. A gente não sabia disso até eles se separarem, porque ela não contava essas coisas", disse a cunhada de Luzileia, casada com o irmão da diarista há 15 anos.

Alessandro também sabia que o casal discutia, mas “eram brigas bobas. Acontecia mais quando ele bebia. E quando acontecia, ela escondia da família”, disse. Mas o que o chocou foi descobrir que “uma vez ele correu atrás dela com uma faca. E eu só fiquei disso sabendo hoje”.

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Antes da separação, no entanto, a cunhada afirma que ninguém da família poderia imaginar que o homem era violento: "Ele era super amigável com todos e muito educado".

A Polícia Militar foi acionada para atender o caso de agressão, mas quando chegou na residência, Luzileia já estava morta e o suspeito já havia fugido. O homem segue foragido. O caso foi registrado como violência doméstica e homicídio qualificado e deve ser investigado pelos policiais civis do 26º DP.

*Estagiário do R7, com supervisão de Ingrid Alfaya

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