Na manhã desta quarta-feira (6) dois funcionários da Prefeitura de São Paulo foram ouvidos pela polícia. Segundo o delegado José Sampaio Lopes Filho, que comanda a investigação sobre o desabamento de um casarão histórico no bairro da Liberdade, região central de São Paulo, os dois estavam no local no dia do acidente.
Em depoimento, as testemunhas disseram que estavam de plantão e indicaram os funcionários responsáveis pela região. De acordo com o delegado, na área trabalhavam fiscais e engenheiros da prefeitura. Na próxima terça-feira (12), eles prestarão depoimento. A polícia quer saber se eles tiveram alguma responsabilidade no acidente. Na próxima sexta-feira (8), está previsto também o depoimento do proprietário da obra.
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Na última terça-feira (5), outras testemunhas prestaram depoimentos. Deusa Machado dos Santos — mulher que ficou ferida dias antes do desabamento após ser atingida por um pedaço da fachada do prédio — e um tenende do Corpo de Bombeiros foram ouvidos.
Equipes da Defesa Civil e Prefeitura derrubaram no último sábado (2) o que restou do casarão antigo que veio abaixo. O imóvel que desabou estava fechado desde 2012 e passava por uma grande obra de ampliação.
Inicialmente, o delegado informou que o proprietário e os engenheiros poderiam, no fim das investigações, ser indiciados por homicídio culposo — sem intenção de matar. No entanto, na última segunda-feira (4), o delegado declarou que pode indiciar os responsáveis pela obra por homicídio doloso — com intenção de matar.