As investigações de um desaparecimento ocorrido em uma noite de Natal, o espancamento até a morte de um cliente negro em um supermercado, a queda de um garoto de 5 anos de um prédio quando deveria estar sendo cuidado pela patroa da sua mãe. Estes são alguns dos crimes que tiveram intensa repercussão ao longo de 2020
Montagem/R7
João Alberto Silveira Freitas, um homem negro, de 40 anos, foi espancado e morto por dois homens brancos em uma unidade do hipermercado Carrefour, em Porto Alegre, no fim da noite de 19 de novembro, véspera da celebração do Dia da Consciência Negra no Brasil. Os agressores foram dois seguranças da casa. Um deles era um policial militar temporário
O caso gerou uma série de manifestações antirracistas na capital gaúcha e em outras cidades do país. A força dos protestos motivou um posicionamento oficial do Carrefour sobre a morte de João Alberto e o anúncio de medidas para combater o racismo estrutural no quadro de funcionários e colaboradores da empresa. No dia 17 de dezembro, o Ministério Público gaúcho ofereceu denúncia contra os seis acusados pelo assassinato.Remover editar Subtítulo:Caso Miguel undefined
A cicloativista e pesquisadora da USP (Universidade de São Paulo) Marina Kohler Harkot, de 28 anos, morreu atropelada na noite de 8 de novembro enquanto trafegava de bicicleta pela Avenida Paulo VI, no Sumaré, zona oeste de São Paulo. O motorista fugiu sem prestar socorro. O acidente e a atitude do suspeito geraram revolta em familiares e amigos da vítima
José Maria da Costa Júnior, de 34 anos, o homem que dirigia o carro envolvido no acidente, se apresentou à Polícia Civil após passado o período que caracterizava a prisão em flagrante. Ouvido no 14º Distrito Policial (Pinheiros), ele se manteve em silêncio durante o depoimento e foi liberado. Na saída da delegacia, houve muita confusão. Ele saiu do local sem falar com a imprensa e entrou no carro do advogado sob protestos — gritos de "assassino" e do nome de Marina, ditos por ciclistas que estavam na porta da delegacia
RONALDO SILVA / FUTURA PRESS / ESTADÃO CONTEÚDO - 10.11.2020
O menino Miguel Otávio Santana da Silva, de 5 anos, morreu no dia 2 de junho, após cair de um prédio de luxo em Recife (PE). Sem aulas por causa da pandemia do novo coronavírus, ele teve de acompanhar a mãe ao trabalho, em um apartamento no quinto andar do edifício onde mora o prefeito de Tamandaré, cidade no litoral sul do estado pernambucano
Sarí Corte Real, e ex-patroa de Mirtes Renata e mulher do prefeito, deixou a primeira audiência de instrução e julgamento do caso em silêncio. Ela foi indiciada por abandono de incapaz, crime que prevê pena de 4 a 12 anos de reclusão
A história da empresária Lucilene Maria Ferrari, de 48 anos, moradora de Porto Ferreira, no interior de São Paulo, ainda está cercada de mistério. Os familiares e amigos amargam a angústia por não conhecer o destino da mulher que desapareceu em dezembro de 2019
Reprodução/ Record TV
Lucilene teria sumido após uma discussão com Vanderlei Meneses dos Santos, com quem mantinha um relacionamento amoroso, ocorrida no hotel de sua propriedade. O homem, que se tornou suspeito, negou várias vezes envolvimento com o caso. Em março, ele chegou a ser preso, mas acabou solto depois de 60 dias
Reprodução/ Record TV
O desaparecimento de Lucilene pode estar relacionado ao sumiço de outras mulheres da cidade. Um homem que teria dado abrigo à Vanderlei após a sua soltura seria o elo entre mais dois casos ainda não soluciodados
A pequena Ísis Helena, de 1 ano e 10 meses, teve o corpo descartado às margens de um rio na zona rural de Itapira, no interior paulista, onde morava com a mãe, acusada de ser responsável pela morte do bebê
Jennifer Natalia Pedro, de 21 anos, está presa desde abril desde abril deste ano, depois de ter avisado a polícia onde estava enterrado o corpo da menina. A mulher foi presa, confessou o crime e aguarda por decisão que pode levá-la à juri popular