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As denúncias de violência policial têm sido frequentes neste ano, em São Paulo. São inúmeros vídeos compartilhados nas redes sociais com abordagens agressivas e ações suspeitas de PMs. Alguns casos tiveram grande repercussão, como o assassinato do jovem Guilherme Silva Guedes, as agressões ao pizzaiolo Weslei da Fonseca Guimarães, ambas na capital, além da imobilização violenta de uma gestante e a suspeita de envolvimento em um atentado a bomba no interior paulista
Deputada pede ao MP que apure aumento de violência policial em SPMontagem/R7
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O jovem Guilherme Silva Guedes, de 15 anos, foi sequestrado e executado no dia 14 de junho, na Vila Clara, zona sul de São Paulo. O sargento da PM Adriano Fernandes de Campos foi preso por envolvimento no crime. O suspeito trabalha no Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia), em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. Ele é sócio de uma empresa de segurança contratada pelo galpão próximo a um supermercado que teria sido assaltado e gerado a retaliação dos supostos policiais
Caso Guilherme: Polícia identifica 2º suspeito de executar adolescenteReprodução/Record TV
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O caso gerou diversos protestos de familiares e amigos do adolescente por dias seguidos. Houve bloqueios em avenidas e ônibus foram incendiados na região de Americanópolis, zona sul da capital paulista
Reprodução/Record TV
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O pizzaiolo Weslei da Fonseca Guimarães, de 27 anos, foi agredido por PMs com golpes de cacetete, tapas e chute no rosto mesmo sem oferecer resistência durante a abordagem que ocorreu por volta das 2h do dia 13 de junho, no Jardim Fontalis, zona norte de São Paulo. Após investigações da Corregedoria da PM, oito policiais foram presos
Após agressões e assassinatos, polícia de SP fará 'retreinamento'Reprodução
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Um vídeo gravado por uma testemunha mostra as agressões, que ocorreram em frente a um escadão. A natureza do boletim de ocorrência só foi alterada depois que as imagens foram divulgadas nas redes sociais. O primeiro registro foi feito como resistência e desacato. Posteriormente, foi modificado para tortura e falso testemunho
"Quero paz", diz pizzaiolo agredido por PMs na zona norte de São PauloReprodução/Record TV
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Um policial civil negro foi abordado e agredido por um policial militar branco, no centro de São Paulo, no dia 8 de junho. O caso aconteceu em frente à 1ª Deatur (Delegacia de Polícia de Atendimento ao Turista), onde a vítima trabalha. No boletim de ocorrência, o policial civil de 39 anos relatou que, após ver três homens em atitude suspeita, decidiu abordá-los, por volta das 12h45, na rua da Cantareira. Ele suspeitava que o trio estivesse se preparando para assaltar pedestres no entorno do Mercado Municipal. Os policiais militares envolvidos foram afastados
Reprodução / Google Street View
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Policiais militares foram flagrados agredindo moradores em Barueri, na Grande São Paulo. Um gerente de lava-rápido, de 28 anos, estava sentado quando foi interpelado de forma brutal por agentes da Polícia Militar que, segundo a corporação, faziam uma abordagem suspeita de trafico de drogas, no dia 12 de junho
Reprodução/Record TV
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Um adolescente — que prefere não se identificar por questões de segurança — que perdeu os sentidos após sofrer um golpe chamado mata-leão durante abordagem de policiais militares da Rocam, em Carapicuíba, na Grande São Paulo, disse que alertou os PMs por diversas vezes que estava com dificuldades para respirar. "Ele me levou um pouco para fora da calçada, tentei levantar. Subiu em cima, colocou os joelhos sobre o meu peito, a mão sobre o meu pescoço e me enforcou", contou o jovem, em entrevista à Record TV. "Eu estava batendo o pés no chão, tentando, procurando o ar de toda forma", completou. A ação policial lembrou bastante a morte de George Floyd, nos Estados Unidos, crime que provocou uma onda mundial de protestos contra o racismo e a violência policial. Em São Paulo, oito policiais foram presos e outros 12 afastados das funções nas rua em apenas dez dias
'Me enforcou', diz adolescente após abordagem da PM na Grande SPReprodução/Record TV
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A professora Mariene Guioto, de 33 anos, membro da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) e presidente do diretório do PT de Nuporanga (SP), acredita que uma discussão com um policial militar da cidade nas redes sociais possa ter motivado o atentado a bomba que sofreu no último domingo (28). A vítima alega ser sido ameaçada por uma mensagem de áudio, em função de uma postagem sobre o acionamento da PM para dispersar festas realizadas na cidade durante a pandemia da covid-19. No total, três policiais militares afastados por suspeita de envolvimento no caso
Reprodução/Redes Sociais
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Uma gestante foi agredita por um policial militar durante uma abordagem ocorrida no dia 4 de fereveiro, em São José do Rio Preto, interior de São Paulo. Uma gravação mostra o momento em que o agente público se posiciona com o joelho sobre a barriga da mulher e lhe dá um tapa forte no rosto. Em nota, a SSP-SP (Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo) disse que a mulher resistiu a prisão durante uma ocorrência de tráfico de drogas. Segundo a pasta, o comando do 17º Batalhão da PM no interior, determinou o imediato afastamento do policial flagrado no que foi classificado como "desvio de conduta". A secretaria disse que a mulher foi encaminhada para exames médicos em uma unidade de saúde local
Mulher grávida é agredida por PM no interior de SP; veja o vídeoArquivo Pessoal