Justiça dá habeas corpus a suspeito de matar palmeirense com soco

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo concedeu nesta quarta-feira (16) um habeas corpus ao gerente administrativo Emerson Ricardo Fiamengui, preso após agredir com um soco o advogado Celso Wanzo, que acabou morrendo. O caso aconteceu em São José do Rio Preto, interior de São Paulo, após jogo do Palmeiras no Mundial de Clubes, no último sábado (12). O clube alviverde foi derrotado pelo Chelsea.

De acordo com o boletim de ocorrência, houve uma discussão por causa de futebol por volta das 18h entre os dois moradores do mesmo condomínio. Após provocações, Wanzo teria se dirigido a Fiamengui, que é corintiano, para tirar satisfações e foi agredido. 

O desembargador Alcides Malossi Junior afirmou na decisão desta quarta ser "evidente que o crime é gravíssimo", mas que inicialmente não caberia a prisão preventiva decretada pela Justiça no domingo, uma vez que o agressor chamou o socorro e teria se apresentado à delegacia.

"Para fins de decreto de prisão preventiva, forçoso convir que o paciente, aparentemente, não fugiu às consequências de seus atos, os quais, de pronto, ao que parece, percebeu gravíssimos, tanto que procurou chamar atendimento médico, além de não fugir às responsabilidades, apresentando-se à delegacia de polícia", afirmou.

Fiamengui foi preso no sábado, mas pagou fiança de R$ 5.000. Após a divulgação da morte de Wanzo, que havia sido hospitalizado, o Ministério Público pediu a prisão preventiva do síndico, o que ocorreu no domingo. 

Na decisão liminar desta quarta, o desembargador Alcides Malossi Junior afirma que o agressor deverá cumprir regras para que possa permanecer em liberdade neste momento:

• comparecimento mensal em juízo, para informar e justificar atividades;

• proibição de manter contato com familiares da vítima e pessoas envolvidas no caso, como testemunhas, delas devendo permanecer distante; e

• proibição de ausentar-se da Comarca, exceto quando houver expressa autorização judicial do juiz responsável pela ação penal.

A defesa de Fiamengui afirma que eles já tinham problemas anteriores. Isso porque Wanzo integrou a administração anterior do condomínio e havia sido notificado por Fiamengui sobre valores que teriam deixado a conta do prédio de forma indevida. A polícia segue investigando o caso.