Sargento Adriano foi identificado por câmeras de segurança no local do crime
Reprodução/ Record TVO TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) começou a julgar nesta quarta-feira (13) o sargento da Polícia Militar Adriano Fernandes de Campos, suspeito de assassinar o adolescente Guilherme Silva Guedes, de 15 anos, em junho do ano passado. O processo deve terminar até esta quinta-feira (14) e será decidido por sete jurados.
Adriano foi acusado pelo Ministério Público de São Paulo e indiciado pela Polícia Civil por homicídio triplamente qualificado (motivo fútil, motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima). Ele foi preso de forma preventiva pouco depois da morte do adolescente.
O ex-policial militar Gilberto Eric Rodrigues também é apontado pelas investigações como um dos responsáveis pelo crime. Rodrigues era foragido desde 2015, condenado por ter participado de chacina em uma comunidade da cidade de São Paulo, e acabou preso em maio deste ano.
O julgamento de Rodrigues ainda depende de audiência de instrução com data marcada para 17 de novembro. A sessão vai decidir se ele irá ou não a júri popular.
Os dois trabalhavam na segurança de um galpão em Americanópolis, na zona sul da capital paulista. A suspeita é que a dupla atacou Guilherme por engano para se vingar dos assaltos recorrentes que o galpão sofria. A vítima não tinha passagem pela polícia.
O advogado de defesa de Adriano, Renato Soares Nascimento, afirma que o sargento não cometeu o crime. "Iremos provar que ele não foi sequer ao local, onde a vítima foi morta", completou.
O R7 não conseguiu encontrar a defesa de Gilberto Eric Rodrigues. O espaço está aberto para manifestação.
O ex-PM Gilberto foi identificado após suas impressões digitais serem encontradas no banco de trás do veículo que teria sido usado no crime. Para os responsáveis pela investigação, o criminoso segurava Guilherme no banco traseiro, enquanto o sargento Adriano dirigia o veículo.
O sargento Adriano foi identificado nas imagens de segurança que mostraram Guilherme poucos momentos antes de sua morte. O sargento identificado aparece com as mãos para trás, escondendo o que parece ser uma arma, enquanto olha ao seu redor.
Guilherme Silva Guedes morreu com dois tiros: um na nuca e outro no rosto. Ele foi executado com um tiro na nuca outro no rosto.
Gilberto Eric Rodrigues (à esquerda) é investigado por outras 49 mortes
Reprodução/Record TV
01h30 - Ocorre uma tentativa de furto no canteiro de obras. O vigia Fábio chama a segurança e o PM Adriano, cuja a empresa fazia a segurança do local.
01h50 - O sargento Adriano chega em um carro preto na companhia de um outro homem. Em poucos minutos ficam sabendo da tentativa de furto e saem à procura dos suspeitos.
02h00 - Adriano retorna de carro ao canteiro de obras e entrega o celular dele ao vigia Fábio, dizendo que depois voltaria para pegar. O jovem Guilherme já estava no carro do policial. A polícia acredita que a intenção de Adriano era que o celular não fosse rastreado, pois já tinha premeditado o assassinato de Guilherme.
02h12 - Uma testemunha ouve os dois tiros que mataram Guilherme. A polícia confirma que Guilherme foi morto no local em que foi encontrado, em uma viela, a poucos metros da casa da avó dele.
04h40 - Família e amigos vão até o canteiro de obras à procura de Guilherme. O vigia Fabio afirma que apenas o sargento Adriano poderia dar informações.
10h00 - O gerente da empresa de segurança do sargento Adriano vai até o canteiro de obras e resgatou com o vigia Fábio o celular do policial.
11h00 - Corpo do adolescente Guilherme, de 15, anos é encontrado.
(Com informações da Agência Record)