Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Mãe de criança que morreu durante cirurgia plástica realizou mesmo procedimento na adolescência

Hospital afirma que menina de dois anos teve uma reação alérgica à anestesia

São Paulo|Márcia Francês, do R7

Raphaela Oliveira de Loiola, de dois anos, morreu durante cirurgia plástica em um hospital da zona leste de São Paulo
Raphaela Oliveira de Loiola, de dois anos, morreu durante cirurgia plástica em um hospital da zona leste de São Paulo Raphaela Oliveira de Loiola, de dois anos, morreu durante cirurgia plástica em um hospital da zona leste de São Paulo

A mãe de Raphaela Oliveira de Loiola, dois anos, que morreu na noite desta terça-feira (20) após uma cirurgia plástica nos olhos, declarou que realizou o mesmo procedimento feito pela filha quando era adolescente.

A desempregada Viviane Loiola tinha 12 ou 13 anos na época em que fez a cirurgia e o resultado foi bem diferente. 

— No meu [caso], foi simples, rápido, o que era para ser o dela também. Mesma coisa, mas não sei se a anestesia que eles colocaram era para idade dela, se foi a mais, mas eu acho que deve ter sido alguma coisa assim, porque não é possível. 

A família é de Campo Limpo Paulista, cidade a 40 km de São Paulo. A cirurgia para corrigir uma ptose palpebral — queda da pálpebra superior — já estava marcada havia mais de um mês e, antes do procedimento cirúrgico, a criança fez três consultas médicas e vários exames que não revelaram nenhum problema de saúde.

Publicidade

No dia da cirurgia, a família saiu cedo de casa e chegou ao Hospital Santa Marcelina por volta das 8h30 da última terça-feira. O procedimento estava marcado para as 12h, mas começou seis horas depois, como conta a mãe da menina. 

— Na hora que subiu para a sala de cirurgia, ela estava conversando, tirando foto, estava brincando normal.

Publicidade

Veja outras cirurgias plásticas que terminaram em tragédia

Leia mais notícias de São Paulo

Publicidade

A mãe ficou um tempo no centro cirúrgico brincando e distraindo a menina. Viviane viu quando um médico pegou uma máscara anestésica usada em crianças, mas o objeto foi largado na maca, segundo a mãe, e foi usada uma injeção. 

— Pegou um líquido branco, aplicou nela, daí ela já dormiu. 

Nesse momento, os médicos pediram que ela deixasse o centro cirúrgico. Três horas depois, os pais receberam a notícia: a criança estava morta. O hospital informou que a menina teve uma reação alérgica à anestesia. A família fez um boletim de ocorrência no 53º Distrito Policial que foi registrado como morte suspeita. A mãe acredita que a morte foi causada por negligência médica.

— Eu acho que foi um erro médico, porque os exames estavam tudo certinho. Agora eu não sei se tinha que fazer um exame para ver se ela podia ou não tomar essa anestesia ou se ela estava há muito tempo sem comer e não podia dar assim direto nela por ela ser tão pequenininha, tão fraca. Eu não sei, não sei.

Outro lado

O Hospital Santa Marcelina enviou uma nota sobre a morte de Raphaela Oliveira de Loiola, de dois anos. Segundo a unidade médica, a menina entrou no centro cirúrgico para corrigir uma ptose palpebral. No entanto, de acordo com o hospital, "40 minutos após início de procedimento anestésico, a criança evoluiu com quadro clínico sugestivo de uma doença rara, associada ao anestésico inalatório e Succnil Colina chamada de Hipertemia Maligna, condição extremamente grave que evoluiu em parada cardiorrespiratória".

A nota informa ainda que o hospital usou "todos os recursos, inclusive a medicação de resgate para essa situação (Dantrolene), sem sucesso". Segundo o hospital, os médicos também tentaram ressucitar a menina por uma hora e meia antes de constatar a morte.

Assista ao vídeo:

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.