São Paulo Metroviários encerram greve após aceitarem proposta do Governo de São Paulo

Metroviários encerram greve após aceitarem proposta do Governo de São Paulo

Votação pelo fim da paralisação foi acirrada; 49% votaram para retomar as atividades, mas 48,6% foram contrários ao retorno

  • São Paulo | Do R7

Resumindo a Notícia

  • Hoje no segundo dia, a greve dos metroviários de SP acabou na manhã desta sexta-feira (24)
  • A categoria aceitou a proposta do governo, que prevê abono de R$ 2.000 e criação de um PPR
  • Em assembleia, a votação pelo término da paralisação foi acirrada, com 49% favoráveis
  • Ainda há lentidão e normalização da operação dos trens ainda deverá demorar algumas horas
Metrô aguarda volta dos colaboradores às funções para normalizar completamente a operação

Metrô aguarda volta dos colaboradores às funções para normalizar completamente a operação

Bruno Rocha/Enquadrar/Estadão Conteúdo – 24.03.2023

Os metroviários de São Paulo decidiram encerrar a greve na manhã desta sexta-feira (24) depois de dois dias de braços cruzados. A categoria aceitou uma proposta do governo do estado para o pagamento de um abono salarial e a criação de um PPR (Plano de Participação nos Resultados).

A decisão foi anunciada às 9h40 logo após votação em assembleia. A votação foi bem acirrada: 49,3% dos metroviários votaram para retomar as atividades (1.480 votos), mas 48,6% queriam a continuidade da greve (1.459 votos). Outros 2,1% se abstiveram na votação (62 votos).

A proposta contempla o pagamento, em abril, de um abono no valor de R$ 2.000 e a instituição de um PPR (Programa de Participação nos Resultados) referente a 2023, a ser pago em 2024.

As estações do Metrô ficaram cheias após decisão

As estações do Metrô ficaram cheias após decisão

Roberto Costa/Código19/Estadão Conteúdo – 24.03.2023

A partir de agora, os usários deverão notar um aumento gradativo da prestação do serviço, mas a normalização deverá demorar algumas horas. Em nota, o governo paulista disse que "aguarda o retorno dos colaboradores às suas funções para normalizar completamente suas operações" (leia abaixo na íntegra).

Às 10h30, as linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha estavam com a operação parcial. A linha 15-Prata ainda estava totalmente paralisada.

O que diz o governo de SP

"RETOMADA DA OPERAÇÃO

O Metrô vai retomar a operação em sua totalidade, com retorno de 100% do efetivo às atividades, após o Sindicato dos Metroviários aceitar a proposta da Companhia para encerrar a greve. A companhia aguarda o retorno dos colaboradores às suas funções para normalizar completamente suas operações.

A proposta contempla o pagamento em abril de abono salarial no valor de R$ 2 mil e a instituição de Programa de Participação nos Resultados de 2023, a ser pago em 2024."

Greve dos metroviários

Paulistanos tentavam se deslocar por meio de ônibus com a paralisação do Metrô

Paulistanos tentavam se deslocar por meio de ônibus com a paralisação do Metrô

Bruno Rocha/Enquadrar/Estadão Conteúdo – 24.03.2023

As paralisações começaram na quinta-feira (23) e afetaram as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata. Por volta das 7 da manhã desta sexta-feira (24), o Metrô implementou um plano de contingência e alguns trechos funcionaram parcialmente.

Até o meio da manhã, o funcionamento das linhas do Metrô, sob responsabiliade do governo paulista, era o seguinte:

- 1-Azul, entre as estações Ana Rosa e Luz.

- 2-Verde, entre o Alto do Ipiranga e Clínicas.

- 3-Vermelha, entre Santa Cecília e Bresser/Mooca.

- 15-Prata continua totalmente fechada.

Ontem, primeiro dia da greve, não houve acordo entre Sindicato dos Metroviários e Metrô. Os trabalhadores cogitaram voltar ao trabalho desde que ocorresse a liberação da catraca para não prejudicar o atendimento à população. A ideia não vingou.

Durante a tarde, representantes do sindicato e do Metrô participaram de uma reunião no TRT-2 (Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região), que terminou sem acordo. O MPT apresentou uma proposta de pagamento de R$ 2.500 por ano entre 2020 e 2022 como abono e sem descontar os dias de paralisação nem aplicar punições nos funcionários.

Também na quinta-feira, a juíza do trabalho Eliane Aparecida da Silva Pedroso multou em R$ 100 mil o Metrô por impedir os funcionários de operarem com catracas livres e considerou a "prática antissindical".

Greve do Metrô deixa estações da CPTM e ônibus abarrotados:

Últimas