Agentes da CET interditam trecho da avenida Moreira Guimarães, na zona sul
MARCELLO ZAMBRANA/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO - 5.5.2020A Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo da capital de São Paulo instaurou um inquérito civil, nesta terça-feira (5), para apurar os reflexos da implementação de bloqueio de ruas e avenidas da cidade com a finalidade de desestimular a circulação de veículos e a consequente movimentação de pessoas em meio à pandemia do novo coronavírus.
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O Ministério Público solicitou esclarecimentos à CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) sobre os estudos técnicos da área de tráfego e de saúde, realizados para embasar a adoção das interdições nas avenidas Moreira Guimarães, Santos Dumont, Radial Leste e Francisco Morato.
Os promotores quer saber ainda se há estudos para a ampliação da medida em outras vias ou a realização de adequações no procedimento: se os estudos e planejamento da medida em questão levaram em conta os reflexos e interferências eventuais com o regime de rodízio de veículos; quais as consequências previstas e já observadas para a circulação de pedestres, profissionais de saúde, veículos de transporte coletivo e que atendem a situações emergenciais de saúde, segurança pública e outros serviços essenciais.
Ao instaurar o inquérito civil, o Ministério Público considerou que os bloqueios foram responsáveis por causar congestionamentos e indesejáveis dificuldades para a circulação em geral, inclusive de ambulâncias, resultado que pode gerar reflexos negativos para o combate à covid-19, além de outras consequências para a ordem urbanística".
A Prefeitura de São Paulo informa que ainda não foi comunicada sobre a abertura de inquérito pelo Ministério Público de São Paulo, quando o for prestará todas as informações solicitadas.