Pacientes aguardando exame de covid-19 em Taboão da Serra
ReproduçãoPacientes do Pronto Atendimento da Covid-19 em Taboão da Serra, região metropolitana de São Paulo, instalado há uma semana na UBS (Unidade Básica de Saúde) da Vila Clementino, afirmam que aguardam mais de seis horas na fila para fazer o exame do coronavírus.
Segundo a prefeitura da cidade, a unidade é referência nos primeiros cuidados de pacientes com suspeita de contaminação pelo novo coronavírus. Na primeira semana de funcionamento, a uniadde já atendeu 2.112 pacientes, o que resulta uma média de 300 atendimentos por dia. Essa informação foi publicada pela prefeitura na última terça-feira (23).
O consultor de vendas Carlos Alberto Ferreira, de 33 anos, sentiu dores de cabeça e nas costas e foi liberado pela empresa onde trabalha para fazer o teste de covid-19 nesta quarta-feira (24). Ele chegou na unidade da Vila Clementino por volta das 13h e, até o início da noite ainda não havia feito o teste.
Ele afirma que está com medo, pois o local está com muitas pessoas possivelmente contaminadas com coronavírus e, caso ele não esteja com a doença, pode se contaminar durante a espera pelo atendimento.
Na fila nesta quarta-feira também estava a auxiliar de monitoramento de segurança Rosângela Nascimento da Silva, de 45 anos, que está com covid-19 confirmada e reclama do atendimento. "A situação aqui está bem delicada, nós não temos suporte de atendimento, e pessoas que ficam aguardando seis horas para o atendimento".
De acordo com o boletim diário de Taboão da Serra com os dados de coronavírus, publicado nesta quarta-feira (24), o município tem 62 pacientes internados na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da cidade. Os dados indicam ainda que houve 466 mortes por covid-19 e 12.802 casos confirmados.