Apesar de afirmar que não há risco de racionamento, Pezão disse que estão sendo estudadas medidas de emergência para "fortalecer o abastecimento" como a captação de água de reúso da estação de tratamento de esgoto da Alegria, no Caju, na zona norte do Rio. Outra possibilidade é o uso do reservatório da represa de Ribeirão das Lajes, em Piraí, que está sendo poupado e , segundo o governador, poderia abastecer a capital "por uns três meses".
Na quarta-feira, 21, o nível do reservatório de Paraibuna, o maior dos quatro que abastecem o Estado do Rio, chegou a zero pela primeira vez desde 1978, quando ele foi inaugurado, e a captação avançou sobre o volume morto. "Nunca enfrentamos algo assim. Mas a gente acredita que atravessa o ano mesmo que a chuva não venha na intensidade que estamos esperando. Tomamos uma série de medidas e estamos atravessando esse período de seca com manobras, vendo as horas de transferir de um reservatório para outro. Estamos conseguindo passar por esse período muito bem até a gora. Vamos começar a intensificar uma grande campanha para as pessoas não desperdiçarem água. Tenho conversado com especialistas que acham que vai chover muito até maio", disse Pezão, durante a posse do procurador-geral de Justiça do Estado, Marfan Martins Vieira.
Ele afastou a possibilidade de o governo adotar a proposta defendida pelo Secretário do Ambiente de um novo modelo de cobrança pelo uso da água, com descontos para quem consome menos e sobretaxa para quem consome mais. "Não está previsto aumento da tarifa. Não é uma medida que vamos realizar este ano."