Em entrevista à Record TV, pai e madrasta negaram possíveis maus-tratos
Reprodução/ Google MapsA Polícia Civil de São Paulo investiga a morte por desnutrição de uma criança de seis anos nesta quarta-feira (14) no Hospital Municipal Antônio Giglio, em Osasco, na Grande São Paulo. A família é suspeita de maus-tratos, depois que o garoto teve uma parada cardiorrespiratória em decorrência da desnutrição.
O menino estava internado desde o dia 9 de setembro. Enzo Pereira foi levado por sua madrasta, identificada como Mariana Valêncio Gomes, para o hospital no mês passado, após uma parada cardiorrespiratória. Durante a internação, a criança apresentava hematomas pelo corpo. Segundo a polícia, o hospital desconfiou de maus-tratos e acionou o Conselho Tutelar.
O Ministério Público investiga o caso e a polícia abriu um inquérito para apurar se a criança estaria sendo maltratada pela própria família. No boletim de ocorrência consta que Enzo chegou ao hospital sujo, com falta de cuidados com a higiene pessoal e magro. Também possuía vários hematomas pelo corpo.
De acordo com a polícia, os profissionais que atenderam a criança no hospital e alguns familiares já prestaram depoimento na delegacia. O próximo passo dos investigadores, é pedir o prontuário médico do hospital para identificar a causa exata da morte.
O pai e a madrasta da criança conversaram com a equipe da Record TV e confirmaram que a criança estava com hematomas, mas negaram que fossem responsáveis pelos machucados.
Durante entrevista concedida à repórter Marcela Varasquim, a madrasta relatou que sempre alimentava o menino e que não entendia porque ele estava tão magro. Ela disse, ainda, que os médicos afirmaram que ele estava com desnutrição crônica, mas que achava que o garoto estava com diabetes.
Ainda de acordo com o relato da madrasta, ela diz que não tem a criança como enteado, mas como filho. Ela alega estar com a consciência tranquila, porque nunca fez nada contra o menino.
Segundo a investigação, a mãe de Enzo, identificada como Bruna da Silva Rogaciano, o abandonou logo após seu nascimento, e o pai foi preso. O menino foi criado pela avó, identificada como Eliana Aparecida Valêncio. Há um ano, após o pai ganhar liberdade, a criança voltou a morar com ele e com a madrasta.
O hospital informou que não irá se pronunciar porque o caso envolve um menor de idade. O caso está sendo investigado pelo 10º DP de Osasco.