Funcionários do almoxarifado do hospital desviavam carga de máscaras
Divulgação/Polícia CivilA Polícia Civil deflagrou na manhã desta quarta-feira (8) a segunda fase da operação "Salvis Salutem" para prender o grupo que furtou 50 mil máscaras, que seriam destinadas a um hospital particular da zona leste da capital.
A operação começou às 5h e conta com 42 policiais nas ruas, segundo o delegado Roberto Monteiro da Delegacia Seccional do Centro. Estão sendo cumpridos quatro mandados de prisão e 14 de busca e apreensão em residências e empresas na capital paulista.
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Os endereços de busca são as casas dos suspeitos, mas também os comércios que compraram a carga. O objetivo é verificar se os comerciantes sabiam do esquema criminoso de desvio de mercadoria do hospital.
Na primeira fase da operação, sete pessoas foram presas, sendo duas no dia 30 de março e cinco nesta terça-feira (7). O grupo responderá por furto, roubo e receptação.
No total, segundo a polícia, onze funcionários do almoxarifado desviavam equipamentos e insumos do hospital particular. O grupo vendia pelo valor de R$ 5 a 8 cada máscara descartável furtada. Com as vendas, a Polícia Civil calcula um lucro de cerca de R$ 300 mil.
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No dia 16 de março, foi furtado um carregamento de 50 mil máscaras que seriam enviadas para o Hospital Salvalus, na Mooca, zona leste de São Paulo. Na ocasião, um homem foi preso.
Ação foi flagrada pelas câmeras do circuito interno de segurança
Reprodução / Record TVO caso
Representantes da segurança da empresa que forneceria as máscaras descartáveis foram acionados pela coordenação da farmácia e almoxarifado, que detectaram a inconsistência na quantidade de produtos que seriam destinados ao hospital.
Pelas imagens de circuito de segurança, era possível ver o caminhão com 20 caixas das máscaras teria saído de um galpão na Lapa e chegado no mesmo dia ao galpão do hospital, localizado na rua Bresser. Mas as máscaras não teriam sido entregues à unidade de saúde.
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Dois funcionários do almoxarifado foram vistos saindo do galpão do hospital em um caminhão com a carga e, posteriormente, voltando ao local com o veículo vazio.
Os funcionários não tinham autorização para dirigir o caminhão, sendo que um deles teria pedido demissão logo após o crime. Um terceiro colaborador que tinha as chaves do veículo também é investigado.
Foi solicitada a prisão temporária dos suspeitos. O caso foi registrado como furto qualificado e associação criminosa no 4º Distrito Policial (Consolação). As investigações prosseguem para recuperação dos produtos e esclarecimento dos fatos.