Prefeitura de SP prevê entregar cinco piscinões até fim da gestão
Bruno Rocha / Estadão Conteúdo / 11.03.2019A Prefeitura de São Paulo apresentou nesta quinta-feira (14) o Plano Chuvas de Verão 2019/2020, cujo objetivo é reduzir as áreas de alagamento na cidade. O órgão prevê, até o fim da gestão, o funcionamento de cinco novos piscinões, além de ações preventivas e emergenciais para intensificar a coleta domiciliar, limpeza de túneis e ramais durante o período chuvoso.
De acordo com a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras e da Autoridade Municipal de Limpeza Urbana, os cinco piscinões têm capacidade de armazenamento de 234 mil m³ de água, o equivalente a 93,6 piscinas olímpicas. Juntos, somam um investimento de R$ 107,8 milhões. As obras serão instaladas nas zonas norte, sul e oeste.
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Três deles foram concluídos: um na avenida Diógenes Ribeiro de Lima (zona oeste), Tremembé R1 e Tremembé R3 (zona norte). Mais dois reservatórios começam a operar no córrego Ipiranga (zona sul), onde as enchentes são recorrentes.
Dessa forma, a capital paulista conta com 32 reservatórios para minimizar os problemas causados pelas enchentes. Para o próximo ano, a ideia é entregar mais cinco: Aricanduva R7 e R8 (zona leste), córrego da Paciência e Tremembé R5 (zona norte) e piscinão Lagoa Aliperti (zona sul).
“Além dos cinco novos piscinões, estamos refazendo o mapa de risco de São Paulo. Contratamos novos geólogos e metade do mapa de 2010 foi reestruturado, com apontamentos para a Defesa Civil, onde há áreas de deslizamento”, afirmou o prefeito Bruno Covas, por meio de uma gravação feita por vídeo.
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Covas recebeu alta nesta quinta-feira, após avaliação médica do Hospital Sírio Libanês, onde estava internado durante 23 dias. O tucano recebeu o diagnóstico de câncer na cárdia, região entre o estômago e esôfago.
A administração municipal também está trabalhando na elaboração dos projetos de cinco piscinões na bacia do Ribeirão Perus (zona norte), no córrego da Mooca (zona leste) e aguarda autorização do Tribunal de Contas do Município para dar início às obras do piscinão na bacia Paraguai e Éguas (zona sul).
“Temos o compromisso de diminuir os alagamentos que tanto afligem a população mais carente”, disse Vítor Aly, secretário municipal de Infraestrutura Urbana e Obras.
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Limpeza
Para evitar pontos de alagamento nas 210 bacias da cidade, foram mapeados 927 pontos com risco de enchentes identificadas pela Amlurb. As ações de contingência serão executadas em locais críticos com base no Mapa Geral de Localização de Pontos de Alagamentos. “Nas regiões de alagamento, a coleta de lixo tem sido feita duas vezes por dia”, disse Alexandre Modonezi, secretário municipal das Subprefeituras.
As ações foram divididas em duas etapas: a preventiva, com serviços de limpeza urbana para evitar possíveis enchentes; e corretivas, com ações para controlar os danos causados por pontos de alagamentos. Na primeira, estão relacionadas a coleta adicional dos resíduos sólidos domiciliares, antecipação do recolhimento dos resíduos de varrição, de pontos críticos e viciados, além da intensificação da limpeza de bueiros e bocas de lobo. Fazem parte das ações corretivas plantões de emergência, limpeza geral das áreas das enchentes, raspagem de vidas e logradouros públicos.
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Durante o período chuvoso, a autarquia irá monitorar as condições climáticas com o objetivo de antecipar as ações necessárias para evitar enchentes e alagamentos, sobretudo nas regiões localizadas nas principais artérias do sistema viário.