Comércio terá horário reduzido de 4 horas na capital
Leandro Ferreira/Fotoarena/Estadão Conteúdo - 27.5.2020Algumas cidades paulistas, incluindo a capital, estão autorizadas a abrir parte do comércio a partir da próxima segunda-feira (1º), a depender do aval das prefeituras. No entanto, a secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen, ressaltou que a fase laranja, que inclui boa parte do estado, ainda exige muita atenção.
"A gente tem que lembrar que a maior parte do nosso estado continua entre a fase de alerta e a fase de controle. Isso quer dizer que na fase de alerta, em primeiro lugar, não há retomada das atividades que foram interrompidas. Na fase laranja, que é a fase de controle, há uma retomada pequena, para que juntos possamos testar, como sociedade, como vamos ter o resultado nas próximas semanas."
A fase laranja abrange a capital, as regiões de Taubaté, Campinas, Sorocaba, Piracicaba, São João da Boa Vista, Ribeirão Preto, Franca, São José do Rio Preto e Marília.
As regiões da Grande São Paulo, Baixada Santista e Registro estão na fase vermelha, em que se mantêm as restrições atuais.
Na fase laranja, está autorizada a reabertura de concessionárias, imobiliárias, lojas de rua e shoppings. No entanto, só poderão voltar a funcionar os setores que tiverem protocolos sanitários validados pelo município.
Patrícia Ellen acrescentou que, na capital e em outras cidades que estão na fase laranja, os estabelecimentos terão capacidade e horário de funcionamento muito reduzidos.
"Uma capacidade [de pessoas] limitada de 20% e o horário limitado de quatro horas, com proibição de praças de alimentação e adoção dos protocolos padrões e setoriais específicos que estão sendo recomendados."
Na fase amarela, que estão as regiões de Bauru, Araraquara/São Carlos, Barretos e Presidente Prudente, já existe uma flexibilização maior, inclusive permitindo também a reabertura de salões de beleza.
"Nela [fase amarela], a gente tem uma abertura um pouco maior, os horários reduzidos são em torno de seis horas e a capacidade limitada a 40% do fluxo [de pessoas] e com a adoção de todos os protocolos [sanitários]."
O prefeito da capital, Bruno Covas, voltou a dizer que existe a preocupação para que a reabertura seja feita de uma maneira segura, para evitar um aumento abrupto de novos casos de covid-19 na cidade.
"O que vai dar segurança na reabertura são esses protocolos, que preveem a capacidade de atendimento, como as pessoas vão entrar dentro das lojas... é exatamente por isso que esses protocolos vão ser avaliados pela Vigilância Sanitária para que, a gente reabrindo essas atividades, a gente não retroceda para a fase 1. Tem que se levar em consideração que tudo o que é feito na cidade de São Paulo atinge não apenas seus moradores, mas as pessoas que frequentam a cidade de São Paulo."