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Segundo dia de greve do metrô provoca transtornos e revolta passageiros em SP

Muitos trabalhadores não conseguem chegar ao trabalho pelo 2º dia seguido e temem punições

São Paulo|Márcia Francês, do R7

Pelo segundo dia seguido, usuários enfrentam dificuldade para chegar ao trabalho
Pelo segundo dia seguido, usuários enfrentam dificuldade para chegar ao trabalho Pelo segundo dia seguido, usuários enfrentam dificuldade para chegar ao trabalho

A greve dos funcionários do Metrô causa transtornos aos passageiros pelo segundo dia seguido em São Paulo. Muitos trabalhadores não sabem como ou não conseguem chegar ao serviço e estão precupados com as possíveis punições. As pessoas afirmam que a situação piorou nesta sexta-feira (6) em relação ao primeiro dia da greve, nesta quinta-feira (5).

O R7 pegou um dos trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) na estação Barra Funda sentido Luz e constatou a revolta dos usuários com a paralisação. "Tem que botar a Dilma em um trem desses!", desabafou uma usuária. "Tem que parar o Brasil!", gritou outro passageiro.

A diarista Joselma Lima, de 26 anos, mora no Campo Limpo e trabalha no Alto do Ipiranga, ambos bairros da zona sul de São Paulo. Normalmente ela leva duas horas para ir de casa ao serviço. Nesta sexta-feira, ela levou esse tempo só para chegar até a estação Ana Rosa e ainda não sabia que horas ia chegar ao destino.

— O caos, horrível. Vontade de chutar, de chorar, de xingar todo mundo, mas o que adianta? Eu estou aqui ainda. Já era para estar no trabalho. 

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A bancária Edilene Araújo, de 34 anos, estava no terminal Jabaquara. Ela mora em Diadema, no ABC paulista, e trabalha no Tatuapé, na zona leste de São Paulo. Ela desistiu de ir para o trabalho e ia voltar para casa. No entanto, como ontem ela também não conseguiu chegar ao trabalho, a bancária está preocupada. 

— Estou tentando não ser punida porque hoje é o segundo dia. Ontem eu conversei, não tinha como chegar, ainda consegui ficar em casa. Mas hoje a situação está pior então seria o segundo dia e eu posso ser descontada disso.

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Na mesma situação estava o office boy Francisco Gonçalves Cardoso Júnio, que mora em São Bernardo do Campo, também no ABC paulista, e trabalha na Sé, no centro de São Paulo. Ele costuma levar uma hora e meia para chegar e está preocupado em ficar com falta nesta sexta.

— Eu já não fui ontem, já não vou hoje. Eu vou perder dois dias? O governo vai abonar esses dois dias que eu não fui trabalhar? É revoltante.

A grave prejudicou também o trânsito na cidade, que bateu mais um recorde de lentidão, e impediu a técnica em enfermagem Juvanina Silva, de 51 anos, de chegar ao trabalho no primeiro dia de greve. Ela mora em Osasco, na Grande São Paulo, e trabalha na estação São Joaquim, na zona sul. Normalmente, ela leva duas horas para chegar ao serviço. Nesta sexta-feira, ela saiu quase duas horas mais cedo e quatro horas depois ainda estava na estação Barra Funda. 

— Ontem eu não fui ao trabalho porque não consegui, por causa do trânsito. Hoje tenho que ir de qualquer jeito. Eu saí de casa às 8h30, o trânsito está infernal. 

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