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SP anuncia abertura de 700 novos leitos para pacientes com Covid-19

Medida foi tomada diante do aumento do número de casos da doença no estado. Serão 434 em enfermaria e 266 em UTI

São Paulo|Fabíola Perez, do R7


Governo cria 700 novos leitos de UTI e enfermaria para pacientes com Covid-19
Governo cria 700 novos leitos de UTI e enfermaria para pacientes com Covid-19

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta quarta-feira (26) a criação de 700 novos leitos exclusivos para pacientes com Covid-19 em cidades paulistas que se aproximam da ocupação máxima de leitos de UTI e enfermaria para a doença.

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A medida foi tomada diante do aumento do número de casos de Covid provocados, sobretudo, pela variante Ômicron. Segundo o secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, serão 434 em enfermaria e 266 em UTI. A previsão é ativar todos os leitos até o dia 6 de fevereiro.

De acordo com a pasta, a taxa de ocupação de leitos em UTI Covid é de 68,67% no estado e de 73,42% na Grande São Paulo. Nas UTIs, 3.633 pacientes estão internados pela doença, e nas enfermarias, 7.324. No pico da segunda onda, havia 13.150 pessoas internadas somente nas UTIs. Houve um aumento de novas internações na última semana, com um incremento de 33,4% no número de pacientes internados.

"Na análise dos últimos 14 dias houve um aumento de quase 100%, foram 98% de aumento nas internações. Nas últimas três semanas, 152% de aumento. Diante disso, e em concomitância ao fato de termos mais de seis regiões com mais de 80% de ocupação, medidas precisaram ser tomadas pelo governo de São Paulo", disse Gorinchteyn.


O secretário explicou também que os novos leitos são remanejados dos próprios hospitais do estado. Os leitos atenderão a 14 regiões do estado, aproximadamente 24 municípios — 11 deles estão na Grande São Paulo, incluindo a capital. "Só para a Grande São Paulo temos uma oferta de 234 vagas em enfermaria e 91 vagas em leitos de UTI", disse.

"Para as demais regiões, Baixada Santista e interior, serão ofertados 200 leitos em enfermaria e 175 em UTI. Temos também a possibilidade de realizar, junto aos municípios que já disponibilizarem leitos de forma imediata, um cofinanciamento desses leitos para a sua funcionalidade imediata e oferta à população."


O secretário-executivo da Saúde, Eduardo Adriano Ribeiro, disse que a pasta enviou um ofício ao Ministério de Saúde para pedir que o órgão volte a financiar leitos para pacientes com Covid. "Estamos oficiando o Ministério da Saúde para que volte a financiar os leitos de UTI Covid, como fez até 31 de dezembro, pela disponibilidade de leitos", disse.

"A partir de 1º de janeiro, o Ministério da Saúde só paga por leito ocupado. Essa é uma medida que desestimula estados e municípios de manterem leitos disponíveis para fazer frente a situações como essa que estamos enfrentando no momento", afirmou. 


Ribeiro disse ainda que a Secretaria de Saúde estadual apoia os municípios que puderem abrir leitos de forma imediata. "Estamos abertos aos municípios que estiverem em condições de colocar em operação nos próximos dez dias leitos de UTI que o façam, para que possamos avaliar o cofinanciamento desse leitos de UTI. Nossa necessidade é uma expansão imediata, por essa razão essa janela de abertura de leitos em até dez dias."

O secretário-executivo esclareceu que os novos leitos de UTI que devem ser abertos representam uma ampliação de 10% a 15%. "Ainda não esgotamos a capacidade existente no estado de São Paulo. Esse incremento vai dar mais fôlego ao estado e poderemos avaliar se precisaremos ou não prosseguir com outras aberturas", disse.

O coordenador do Comitê Científico de São Paulo, Paulo Menezes, ressaltou que o perfil de transmissibilidade da variante Ômicron e a cobertura vacinal tornam o cenário atual distinto do que foi observado em março do ano passado.

"O número de casos sobe que nem um foguete, mas ao mesmo tempo temos observado, em outros países, que começa uma redução rápida. O pico dura muito menos do que o que a gente teve nas outras [fases da] pandemia. Aqui em São Paulo já foram tomadas outras medidas", afirmou, citando o cancelamento do Carnaval de rua e o adiamento dos defiles.

Segundo Menezes, a necessidade premente é a ampliação de leitos. "Esperamos que nas próximas semanas a gente atinja o pico e comece o alívio. Já existem sinais de que a velocidade do aumento de internações está desacelerando, o que mostra que talvez estejamos chegando àquele pico observado em outros países; portanto, neste momento o Comitê Científico entende que não são necessárias outras medidas."

O secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, afirmou que haverá uma reunião na tarde desta quarta-feira para discutir a abertura de leitos com os municípios. "O estado vai apoiar os municípios desde que tenham disponilidade imediata para a abertura dos novos leitos", afirmou.

Vacinação infantil

O governador João Doria também atualizou os números referentes à vacinação de crianças no estado. Segundo ele, de cada quatro crianças vacinadas no Brasil, três estão no estado de São Paulo. O estado, disse Doria, vacinou meio milhão de crianças. "Com a aprovação da CoronaVac, a vacinação foi muito acelerada em São Paulo", afirmou. 

Dados do Vacinômetro mostram que, nesta quarta-feira (26), há 515.255 crianças de 5 a 11 anos vacinadas contra a Covid-19 em São Paulo, o que representa 12,86% dessa população.

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