Saúde Anvisa: dados indicam que morte de jovem não teve a ver com vacina

Anvisa: dados indicam que morte de jovem não teve a ver com vacina

Agência consultou investigação sobre evento adverso e reafirmou que benefícios da vacina superam significativamente os riscos

  • Saúde | Do R7

Órgão vai manter a cautela e notificar o caso à OMS

Órgão vai manter a cautela e notificar o caso à OMS

Lucy Nicholson/Reuters

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) reafirmou, nesta quarta-feira (22), que não há relação entre a aplicação da vacina da Pfizer e o evento que causou a morte de um adolescente após a vacinação contra a covid-19. Segundo a agência, tratou-se de um quadro clínico característico de Púrpura Trombótica Trombocitopênica (PTT), uma doença autoimune. 

“A avaliação dos especialistas investigadores também contou com acesso aos dados de prontuário da paciente, incluindo exames complementares. Também se validou a conclusão de que a paciente não apresentou qualquer doença cardiológica (...) A causalidade foi classificada como coincidente, ou seja, descartou-se a possibilidade de o óbito ter sido relacionado à administração da vacina”, diz a nota.

Na segunda-feira (20), a agência já havia assegurado a segurança e eficácia da imunização em adolescentes, após consultar a investigação acerca do caso. A fala veio após reunião de representantes do setor de Farmacovigilância do órgão. 

"Os dados apresentados durante a reunião foram considerados consistentes e bem documentados, indicando a ausência de relação causal entre a administração da vacina e o evento adverso investigado", afirmou a Anvisa em nota. Participaram também da reunião representantes do Ministério da Saúde e da Secretaria de Saúde de São Paulo. 

O relatório que a Anvisa recebeu já havia sido divulgado pelo governo de São Paulo, na última sexta-feira (17). O órgão, porém, vai manter a cautela e irá notificar o caso à OMS (Organização Mundial da Saúde) para avaliação quanto a qualquer possível sinal de segurança.  

A Anvisa ainda comentou que os benefícios da vacinação "excedem significativamente" os potenciais riscos, mas que atuará caso os próximos casos indiquem necessidade de qualquer nova medida quanto às vacinas. 

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