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Dentistas de São Paulo se unem para pedir prioridade na vacinação 

Saúde incluiu profissionais na prioridade, mas Municípios definem faixas etárias. Na capital paulista só recebem os acima de 55 anos

Saúde|Do R7

Dentistas trabalham diretamente nas vias aéreas de pacientes
Dentistas trabalham diretamente nas vias aéreas de pacientes Dentistas trabalham diretamente nas vias aéreas de pacientes

O Ministério da Saúde incluiu os cirurgiões-dentistas entre as prioridades para receber a vacina contra a covid-19. Mas, a definição das faixas etárias ficou a cargo das secretarias municipais de saúde. Na capital paulista, somente os profissionais acima dos 55 anos estão recendo os imunizantes.

De acordo com o Conselho Regional de Odontologia de São Paulo, a capital tem mais de 32 mil profissionais de todas as idades. Um grupo de dentistas se uniu para se fazer um manifesto na tentativa de sensibilizar sobre os riscos que têm e pedir inclusão nas prioridades municipais.

A dentista Gabriela de Souza Figueredo Costa explica que outras cidades não limitaram a idade dos profissionais. "Estamos entre os profissionais de saúde acima dos 55 anos, com fisioterapeutas, psicólogos, terapeutas-ocupacionais. Sendo que só nós entramos em contato com as vias aéreas dos paciente", afirma e defende a imunização de todos. "Não quero dizer que eles não têm de ser vacinamos. Todos devem ser, mas as questões prioritárias precisam ser pensadas. Muitos colegas de outras cidades já foram vacinados, independentemente da faixa etária", ressalta a profissional.

O grupo se mobilizou por meio das redes sociais, principalmente por um grupo do Facebook chamado: Eu sou um dentista digno e quero respeito pela minha profissão, e por grupo de WhatsApp. O próximo passo é enviar uma carta ao CROSP pedindo apoio na manifestação. "O Conselho não conseguiu se mobilizar para deixar claro a gravidade que passamos. Nós somos grandes transmissores de doença, porque podemos atender pacientes assintomáticos", explica Gabriela.

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A profissional também lembra a pressão vivida pelos cirurgiões-dentistas desde o começo da pandemia. "É uma falta de valorização e compreensão da gravidade, nós trabalhamos sob pressão desde o começo da pandemia, não podemos deixar de atender um paciente. Além do trabalho ter caído muito e está mais oneroso, devido ao aumento de preços de luvas, máscaras, face Shields, capa de proteção", lamenta. 

O R7 entrou em contato com a assessoria de imprensa do CROSP e da Secretaria Municipal de Saúde. 

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O Conselho Regional respondeu que: "Na capital paulista, foram priorizados inicialmente os profissionais em atuação direta de atendimento aos pacientes contaminados pela Covid-19.

O CROSP interveio, reiterando a necessidade de imunização de todos os trabalhadores da Saúde Bucal, em outra ação conjunta à Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas (APCD), à Associação Brasileira de Cirurgiões-Dentistas (ABCD Brasil) e à Associação Brasileira de Odontologia (ABO) Seção São Paulo, conforme exposto em documento enviado ao prefeito e ao secretário de Saúde do município de São Paulo. Foi quando a prefeitura divulgou novo informe ampliando a vacinação para profissionais de Saúde, da rede pública e privada, com 55 anos ou mais.

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O CROSP decidiu por solicitar a intervenção do Ministério Público Federal no caso. A ação foi tomada em conjunto com o Conselho Federal de Odontologia (CFO) e demais regionais."

A Secretaria de Saúde de São Paulo ainda respondeu à solicitação da reportagem.

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