Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Estudo afasta relação entre talco em pó e câncer de ovário

Associação entre doença e uso da substância em região íntima levou à condenação bilionária de gigante da indústria de higiene pessoal nos EUA

Saúde|Fernando Mellis, do R7

Estudo acompanhou mulheres por mais de 10 anos
Estudo acompanhou mulheres por mais de 10 anos Estudo acompanhou mulheres por mais de 10 anos

Um estudo conduzido por pesquisadores britânicos revela que não há relação entre o uso de talco em pó na região íntima e o desenvolvimento de câncer de ovário. A conclusão derruba o argumento de um grupo de mulheres que venceu uma ação bilionária contra a gigante da indústria de higiene pessoal Johnson & Johnson, nos Estados Unidos.

Os resultados foram publicados nesta terça-feira (7) no Jornal da Associação Médica Americana.

Foram analisados dados de 252,7 mil mulheres, sendo que 57,38% delas relatavam o uso de talco na área genital, sendo 10% uso de longo prazo e outros 22% uso frequente.

Após uma média de 11 anos, 2.168 mulheres haviam desenvolvido câncer de ovário. Com base nisso, os pesquisadores concluíram que "não houve associação estatisticamente significativa entre o uso de pó na área genital e o câncer de ovário incidente".

Continua após a publicidade

Entretanto, ressaltam que "o estudo pode ter sido insuficiente para identificar um pequeno aumento no risco".

No processo norte-americano, a Johnson & Johnson foi condenada em 2018 a pagar uma indenização US$ 4,1 bilhões (cerca de R$ 16,4 bilhões) a 22 mulheres que alegavam ter câncer de ovário após usar talcos produzidos pela companhia que continham amianto, uma substância comprovadamente cancerígena.

Na época, a empresa afirmou que continuava "confiante que seus produtos não contêm amianto e não causam câncer de ovário" e prometeu recorrer da condenação.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.