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Into começa a operar crianças infectadas pelo vírus zika

Grupo de fisioterapia pré-cirúrgica vai atender crianças com problemas ortopédicos graves

Saúde|Do R7

Bebês estão sendo preparados para cirurgias corretivas
Bebês estão sendo preparados para cirurgias corretivas Bebês estão sendo preparados para cirurgias corretivas

O Into (Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad), unidade do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro, começa a realizar cirurgias pelo SUS (Sistema Único de Saúde) nos bebês com a Síndrome Congênita Associada à Infecção pelo vírus zika, que apresentam também problemas ortopédicos graves nos pés, pernas, quadris e mãos. A estreante entre as crianças, Eloá de Santana Silva Fidelis - com 1 ano e 7 meses e duas cirurgias já concluídas - se recupera bem em casa. Outros seis bebês nessa faixa etária estão sendo preparados para cirurgias corretivas no instituto nas próximas semanas.

A Síndrome Congênita Associada à Infecção pelo vírus zika atingiu, desde 2015, bebês cujas mães haviam contraído zika ou manifestado sintomas de zika durante a gestação. A mãe de Eloá, Daiane, de 24 anos, não chegou a receber a confirmação de zika, mas com dois meses de gravidez teve pintas vermelhas espalhadas pelo corpo. A filha nasceu com perímetro encefálico considerado dentro dos padrões da OMS (Organização Mundial de Saúde). Em compensação, as pernas estavam praticamente dobradas sobre o peito. Uma situação que provocava o choro constante da criança ao mínimo movimento de trocar fraldas.

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Eloá e os seus colegas de tratamento no IFF (Instituto Fernandes Figueira), da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), e em outras unidades de saúde do Rio de Janeiro, chamaram rápido a atenção do chefe da Ortopedia Pediátrica do Into, Pedro Henrique Mendes. Eloá nasceu na véspera do Natal de 2015 e, em abril de 2016, começou o tratamento no Into. Ela e um grupo de bebês com severos problemas ortopédicos inspiraram um projeto piloto de fisioterapia pré-cirúrgica para as crianças com a síndrome da zika congênita no instituto. 

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Mendes esclare que cada caso do projeto é estudado de maneira individual.

— É importante notar que a síndrome congênita do vírus zika é algo novo para todos. Estudamos caso a caso e o que fazer de melhor pelos bebês. São crianças que têm normalmente contraturas acentuadas dos músculos, que nem sempre nascem e aparentam de início esses problemas. As articulações podem sair do lugar à medida em que os bebês vão crescendo e começam a fazer os primeiros movimentos para sentar, engatinhar ou caminhar.

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O diretor-geral do Into, Naasson Cavanellas, falou sobre a ação.

— A síndrome congênita associada à infecção pelo vírus zika reabre toda uma discussão sobre os rumos do tratamento ortopédico em grandes centros, como o Into, que até então mantinha um conglomerado de reabilitação e fisioterapia pós-cirúrgica.

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