Vírus H1N1 é o que fez mais vítimas no país
Adriana Toffetti/A7 Press/FolhapressOs números do Ministério da Saúde mostram um número alto de vítimas dos vírus influenza em todo o Brasil desde o início do ano. Até o dia 9 de junho, 446 pessoas morreram por causa da gripe causada por estes vírus. São quase 90 mortes por mês.
O total de casos também é alto, no mesmo período foram confirmados 2.715.
O vírus H1N1 é o que fez mais vítimas, foram 1.619 casos e 284 óbitos. O vírus H3N2 foi o responsável por 563 casos e 87 óbitos. Ainda foram registrados 259 casos e 30 óbitos por influenza B.
Em 274 casos e 45 óbitos não foi possível determinar qual o subtipo de vírus influenza causou a doença.
Os números são bem maiores do que os registrados no mesmo período de 2017, quando 1.227 pessoas adoeceram e 204 morreram complicações relacionadas à gripe.
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Entre as vítimas, a idade média é de 52 anos e 71% tem pelo menos um fator de risco que aumenta a possibilidade da gripe causada pelo vírus influenza evoluir para a síndrome respiratória aguda.
Pessoas com fatores de risco fazem parte do público alvo da campanha e podem tomar a vacina de graça.
Campanha prorrogada
Apesar do alto número de vítimas, a procura pela vacina que protege contra os vírus influenza é considerada baixa pelo Ministério da Saúde, quase 12 milhões de pessoas ainda precisam se vacinar.
A meta é vacinar um total de 54,4 milhões de pessoas, mas apenas 77%, pouco mais de 42 milhões, foram até um posto de saúde para tomar a dose.
O público que registrou o menor índice de vacinação foram as crianças e as gestantes, com cobertura de apenas 61,5% e 66%, respectivamente.
Por causa do alto número de vítimas e da baixa procura pela vacina, a campanha vai ser prorrogada até o dia 22 de junho para todo o público alvo: idosos a partir de 60 anos, crianças de seis meses a cinco anos, trabalhadores de saúde, professores das redes pública e privada, povos indígenas, gestantes, mulheres até 45 dias após o parto e pessoas privadas de liberdade – o que inclui adolescentes e jovens de 12 a 21 anos em medidas socioeducativas.
A partir do dia 25 de junho, caso haja disponibilidade de vacinas nos estados e municípios, a vacinação poderá ser ampliada para crianças até nove anos de idade e adultos de 50 a 59 anos.
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