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Ministro da Saúde viaja o País para “salvar” programa Mais Médicos

Ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres foi escalada para ir ao RS

Saúde|Do R7

Médicos ficam de costas para ministro da Saúde durante encontro
Médicos ficam de costas para ministro da Saúde durante encontro Médicos ficam de costas para ministro da Saúde durante encontro

Apesar das fortes críticas das entidades médicas contra o programa Mais Médicos, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, com ajuda de seus secretários, tem viajado o País com objetivo de “estimular a adesão dos municípios” ao pacote do governo federal. Ele já foi a São Paulo (SP), Salvador (BA), Montes Claros (MG), Amazonas (MA), Belém (PA). Representantes da pasta e até a ministra da Secretaria de Política para as Mulheres foram escalados e estiveram em Fortaleza (CE), Recife (PE) e Porto Alegre (RS).

Nesta terça-feira (23), Padilha participou de uma reunião com prefeitos e secretários municipais de saúde do Amazonas (AM). Durante o encontro, o ministro afirmou que se o País quiser ter uma “saúde pública e universal de qualidade, precisa enfrentar, defender e planejar quantos médicos quer ter”.

— Nenhum outro interesse pode estar acima do da população. Vamos levar mais médicos ao interior do Brasil.

Durante o discurso do ministro, com tarja preta nos braços, cerca de dez médicos ficaram de costas para Padilha. Os profissionais são contra a medida do governo federal de trazer médicos do exterior. Para o médico Érico Catanhede, que fez parte do movimento, o projeto Mais Médicos “é um engodo”.

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CFM entra com ação contra programa Mais Médicos

— O Ministério da Saúde quer trazer médicos estrangeiros, mas eles terão limitações por causa da falta de conhecimento da nossa língua e do território. Esse programa é falido e eleitoreiro. Estamos insatisfeitos com essa medida do governo.

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Também nesta terça-feira, a ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, foi escalada para ir a Porto Alegre (RS) se reunir com prefeitos e secretários municipais de saúde do Rio Grande do Sul. No encontro, ele afirmou que toda sua “carreira e titulação foi na área de saúde coletiva”.

— É com muita honra que participo desta força-tarefa para mobilizar os municípios a participarem do Mais Médicos. Não podemos esperar mais nem um minuto, na busca de soluções para atender a demanda pela falta de médicos no país. O Governo Federal está respondendo como gestor nacional a uma necessidade da população brasileira e, sobretudo, da população mais pobre do país.

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Na ocasião, o secretário de Saúde de Porto Alegre, Carlos Casartelli, declarou seu apoio ao programa e disse que “não há dúvida sobre a necessidade de mais médicos no Brasil”.

—Temos um mercado aquecido e um déficit de médicos que chega a mais de 50 mil. Espero que meus colegas médicos que estejam fazendo inscrição no programa realmente participem do Mais Médicos.

Segundo o último balanço divulgado pelo governo na segunda-feira (22), o programa registrou 1.874 municípios brasileiros inscritos, o equivalente a 33%. O Estado de São Paulo registrou 139 municípios inscritos (21%) do total de 645 municípios do estado. A inscrição para o programa Mais Médicos termina nesta quinta-feira (25). 

Paralisação dos médicos continua

Médicos de 11 Estados paralisaram suas atividades nesta terça-feira (23). Com a liderança da Fenam (Federação Nacional dos Médicos), o ato teve como objetivo mobilizar e chamar a atenção da população ao Programa Mais Médicos e aos vetos da presidente Dilma Rousseff a lei do Ato Médico, que regulamenta o exercício da medicina. A paralisação fez parte do calendário estabelecido pela federação no começo do mês de julho.

Ação na Justiça

O CFM (Conselho Federal de Medicina) ingressou com ação na Justiça Federal contra o programa Mais Médicos, anunciado pelo governo federal, em 9 de julho. O CFM questiona a vinda dos médicos estrangeiros sem validação de diplomas, a falta de comprovação do domínio da língua portuguesa pelos candidatos e criação do que chamou de "subcategorias de médicos, com limitação territorial".

Para o Conselho Federal, esses médicos serão "jogados" na periferia das cidades ou em locais longínquos do País, "sem nenhum controle de sua capacidade técnica", advertindo que esta "é uma atitude, no mínimo, temerária, para não dizer criminosa".

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