Diretor da OMS fala sobre corrida por vacina
Denis Balibouse/Reuters - 23.3.2020O diretor geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom, realizou uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (23) para dar novas orientações sobre o surto de coronavírus e falar sobre a corrida pela cura.
Tedros disse que, neste momento, a regra do jogo para vencer o coronavírus é solidariedade e liderança eficiente dos governos. A pandemia do coronavírus já atingiu quase todos os países no mundo.
"Nós precisamos lutar contra isso juntos", disse.
Os especialistas reforçam que governos devem testar os casos suspeitos de coronavírus estrategicamente e manter os pacientes isolados para o tratamento. Mike Ryan, chefe do programa de emergências da OMS, disse que os testes precisam ser eficientes e que países precisam testar o maior número de pessoas possíveis para conseguir atendê-las.
“Testar é a chave”, disse Maria van Kerkhove, uma das especialistas da OMS. Ela explica que é necessário testar aqueles que estão com os sintomas para confirmar as suspeitas.
Com o avanço do coronavírus, o número de mortes aumenta todos os dias. Até o momento, quase 15 mil pessoas morreram, com a Itália liderando o número de fatalidades. Porém, ainda não existe uma vacina testada e com eficácia comprovada para conter o vírus, mas é preciso trabalhar rápido, disse Tedros.
Com um vídeo estrelado por astros do futebol mundial, os jogadores reforçam as recomendações para se manter seguro contra o coronavírus: lavar as mãos; espirrar ou tossir na dobra do cotovelo para evitar que o vírus se espalhe; não mexer constantemente no rosto e manter distância de um metro das outras pessoas.
Outro problema causado pelo coronavírus é o pânico e ansiedade. Maria diz que é importante que as pessoas saibam o que fazer para se proteger e proteger seus familiares, ler as notícias em lugares confiáveis, se mantendo informado sobre atualizações da doença, e se manter ocupado.
Uma das principais recomendações para conter o coronavírus é ficar em casa e evitar que o vírus se espalhe mais e infecte mais pessoas. Isto evita sobrecarregar o sistema de saúde dos países e, com isso, aumentar o número de mortos. Porém, ficar em isolamento social não significa se desconectar das pessoas.