Saúde Queiroga: atraso da 2ª dose é maior entre quem tomou CoronaVac

Queiroga: atraso da 2ª dose é maior entre quem tomou CoronaVac

Ministro da Saúde afirmou que curto intervalo entre as aplicações (cerca de 28 dias) pode ser uma das causas

  • Saúde | Do R7

Ministério encomendou estudo para avaliar tempo de proteção da CoronaVac

Ministério encomendou estudo para avaliar tempo de proteção da CoronaVac

MATHEUS SCIAMANA/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Um dia após dizer que cerca de 7 milhões de brasileiros estão com a segunda dose da vacina anticovid atrasada, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta quarta-feira (11) que a maior parte desse contingente envolve indivíduos que receberam a CoronaVac.

Sem mencionar o nome CoronaVac, o ministro chamou de "esse outro agente imunizante" ao dizer que a vacina ainda não tem registro definitivo na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

"Esse outro agente imunizante que foi utilizado num estudo em Serrana ainda não tem o registro definitivo na Anvisa, no entanto ele faz parte do nosso Programa Nacional de Imunizações. E algumas pessoas, sobretudo a maioria dos que não foram tomar a segunda dose é em relação a esse imunizante. É preciso voltar às salas de vacinação para tomar a segunda dose."

Na ocasião, Queiroga dizia que outras duas vacinas usadas no PNI (Programa Nacional de Imunizações), AstraZeneca e Pfizer, já têm registro definitivo na Anvisa. A da Janssen também é aplicada com autorização de uso emergencial.

Questionado sobre o motivo pelo qual as pessoas não estariam retornando para a segunda dose da CoronaVac, o ministro pediu que a população confie em todos os imunizantes e sugeriu que o curto intervalo entre as injeções (cerca de 28 dias) pode ser uma das causas.

"Essa vacina tem uma tecnologia que é mais conhecida, de vírus inativado, e ela tem, pelos estudos, uma eficácia menor. Então é fundamental que tome a segunda dose."

Queiroga já chegou a defender a descontinuidade da CoronaVac no PNI após a entrega de todo o montante do contrato de 100 milhões de doses, o que deve ocorrer até o começo de setembro.

O Ministério da Saúde contratou um estudo que será conduzido em parceria com a Universidade de Oxford para avaliar o tempo de proteção da CoronaVac e o efeito de doses de reforço da própria vacina do Instituto Butantan, mas também da AstraZeneca, Pfizer ou Janssen.

Estudos no Chile e na China mostraram uma queda do nível de anticorpos em indivíduos vacinados com a CoronaVac após seis meses.

No Brasil, a CoronaVac representa 36,1% dos 155,4 milhões de doses já aplicadas.

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