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Tumor no cérebro, como de Gloria Maria, pode mudar comportamento

Gloria Maria passou por cirurgia nesta segunda (11) para retirar uma lesão expansiva cerebral; dor de cabeça crônica e convulsão são sintomas

Saúde|Brenda Marques, do R7

Gloria Maria passou por cirurgia para retirar tumor do cérebro
Gloria Maria passou por cirurgia para retirar tumor do cérebro Gloria Maria passou por cirurgia para retirar tumor do cérebro

A jornalista Gloria Maria passou por uma cirurgia nesta segunda-feira (11) para a retirada de uma "lesão expansiva cerebral", de acordo com boletim médico do Hospital Copa Star, no Rio de Janeiro. Ainda de acordo com o hospital, a operação foi um sucesso e a lesão, totalmente removida. A jornalista passa bem e deve receber alta até o final de semana. 

Lesão expansiva cerebral é um tumor que está crescendo, de acordo com Leonardo Takahashi, especializado em neurocirurgia funcional pelo serviço da Central da Dor e Estereotaxia do Hospital A.C Camargo Câncer Center, em São Paulo. “É uma massa crescendo. Mas não se sabe qual a sua natureza, sé é benigna ou maligna”, explica.

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Segundo Takahashi, existem alguns pontos a serem verificados para fazer essa diferenciação, por isso, a análise do patologista é essencial.

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O grau de atipia é um deles: quanto mais a aparência se aproximar de uma célula normal, mais chances de o tumor ser benigno. “É como um jogo dos sete erros, quanto mais erros, maior a probabilidade de ser maligna”, compara.

Além disso, tumores malignos crescem muito rápido, já os benignos são mais lentos. “Se ele invade outros tecidos celulares e tem metástases, que é quando o tumor atinge outros órgãos, então é maligno”, afirma o neurocirurgião.

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O tumor de Gloria Maria pode ter nascido no cérebro ou em outro órgão. De acordo com Takahashi, dois terços dos tumores localizados na cabeça são metástases. O tratamento varia de acordo com a origem. “Pode ser cirurgia, radioterapia, quimio ou imunoterapia. Às vezes, mesclamos esses tratamentos para ter um melhor resultado”.

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Existem alguns fatores de risco para o desenvolvimento de um tumor no cérebro. Se ele se originou na cabeça, doenças genéticas são determinantes.

“Já o hábito de fumar aumenta a chance de câncer de pulmão que, de acordo com estatísticas, é o tipo de tumor que mais gera metástase no cérebro”, afirma Takahashi.

No caso das mulheres, o câncer de mama é o que tem mais probabilidade de se espalhar. A exposição à radiação também é arriscada: “Nessa situação, ocorre uma mudança no DNA das células, que pode gerar um tumor”, explica.

Crise convulsiva pode ser um sintoma de tumor no cérebro. “Pense numa pessoa de 30 anos que nunca teve nada e de repente sofre uma convulsão”, exemplifica. Dor de cabeça crônica e fraqueza em metade do corpo também são sinais.

Alterações de comportamento também exigem atenção. “É uma mudança que parece com demência, por isso, quando acontece com idosos, geralmente passa batido”, observa o neurocirurgião. A fala também pode ser afetada, mas isso acontece com menos frequência.

Pacientes que passam por cirurgia, como no caso de Gloria Maria, devem tomar antibiótico para evitar infecções na incisão da operação. “É importante não comprimir o lado em que houve o corte, por isso devem tomar cuidado na hora de dormir e evitar quedas. A exposição ao sol também pode prejudicar a cicatrização”, alerta o especialista.

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Por outro lado, não podem ingerir anticoagulantes, porque o risco de sangramento é maior. Também não devem pegar avião, pois a entrada de ar na cabeça é um risco. “Se a cabine não é pressurizada, esse ar pode se expandir e comprimir o cérebro, o que gera rebaixamento da consciência”, explica Tkahashi.

Ele ressalta que o diagnóstico precoce aumenta a chance de uma recuperação completa e sem sequelas. “A medicina está moderna e oferece muitas possibilidades, mas quanto mais tempo passa, menos se oferece ao paciente”, pondera.

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