Vacina de Oxford é testada no Brasil
Amanda Perobelli/ReutersA suspensão temporária da fase 3 de pesquisa da vacina contra o coronavírus desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca e pela Universidade de Oxford é apenas para os voluntários que ainda não receberam as doses, mas não afeta aqueles que já tomaram.
A informação foi divulgada pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), que coordena os testes da vacina no Brasil, com cerca de 5.000 voluntários.
Segundo a instituição, o estudo no Brasil "avança como o esperado".
"Muitos [voluntários] já receberam a segunda dose e até o momento não houve registro de intercorrências graves de saúde. É importante destacar que a pausa vale para novas aplicações da vacina. O estudo continua, segue avançando, com os voluntários que já participam sendo constantemente monitorados", diz nota da Unifesp.
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A Fiocruz foi informada pela AstraZeneca sobre a suspensão dos testes clínicos em fase 3 e vai acompanhar os resultados das investigações sobre possível associação de efeito registrado com a vacina para se pronunciar oficialmente.
A Unifesp e a Fiocruz, que será responsável pela produção da vacina no Brasil, aguardam mais informações da AstraZeneca sobre o ocorrido durante o estudo.
Até o momento, sabe-se que um voluntário no Reino Unido teve uma reação adversa grave. No entanto, agora uma investigação independente busca saber se há ou não relação com a vacina.
A gigante farmacêutica divulgou nota em que afirma que a paralisação do estudo sempre que surge uma doença potencialmente inexplicada "é uma ação rotineira."
"Em grandes ensaios clínicos, as doenças acontecem por acaso e devem ser revistas de forma independente. A AstraZeneca está trabalhando para agilizar a revisão do evento único para minimizar qualquer impacto potencial no cronograma do teste. Estamos comprometidos com a segurança de nossos participantes e os mais altos padrões de conduta em nossos testes".