É possível que, em breve, a Nasa comece a usar foguetes movidos a fezes. Pesquisadores têm trabalhado com a agência para desenvolver um sistema para reaproveitar resíduos humanos em uma base lunar
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Segundo os cientistas, o sistema iria produzir combustível suficiente para a viagem de astronautas na Lua na volta para a Terra
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Em 2006, a Nasa começou a fazer planos para construir uma instalação habitada na superfícia da Lua que deveria começar a funcionar entre 2019 e 2014. Para isso, um dos objetivos da agência era diminuir o peso da espaçonave quando ela deixasse a Terra
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Atualmente os dejetos humanos gerados durante o voo espacial são armazenados em grandes recipientes e enviados de volta à Terra em veículos de carga que queimam à medida que passam pela atmosfera da Terra
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Para missões de longo prazo, no entanto, seria impraticável trazer todos os resíduos de volta para a Terra e despejá-los sobre a superfície da Lua também não é uma opção. A Nasa então entrou em um acordo com a UF para desenvolver ideias de teste
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Pratap Pullammanappallil, um professor de engenharia agrícola e biológica associado da UF, disse ao Daily Mail que a equipe estava tentando descobrir quanto metano poderia ser produzido a partir de restos de comida, embalagens de alimentos e resíduos humanos. — A ideia era ver se poderíamos fazer combustível suficiente para lançar foguetes e não transportar todo o combustível e seu peso vindo da Terra para a viagem de regresso
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A Nasa forneceu aos cientistas uma espécie de pacote de dejetos humanos produzidos quimicamente que incluiu também o desperdício de alimentos simulado, toalhas, panos de lavar, roupas e embalagens. Os materiais foram usados para determinar a quantidade de metano que poderia ser produzida e com que rapidez
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Eles descobriram que o processo pode produzir 290 litros de metano por equipe por dia, todos produzidos em uma semana. Os resultados levaram à criação de um processo de digestão anaeróbica, que mata patógenos de dejetos humanos, e produz biogás – uma mistura de metano e gás carbônico feita pela decomposição da matéria orgânica dos resíduos
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O processo também produziria cerca de 200 litros de água não potável que poderia ser dividida em hidrogênio e oxigênio por meio de um processo de eletrólise. Os astronautas poderiam armazenar o oxigênio como um sistema de backup
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Na Terra, o processo pode ser usado, por exemplo, em uma cidade para converter resíduos em combustível. O estudo foi publicado no mês passado na revista Advances in Space Research