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Os brasileiros podem utilizar o Pix para transferências bancárias desde novembro de 2020. A facilidade para realizar transferências bancárias, porém, despertou o interesse de criminosos que passaram a aplicar golpes para roubar o dinheiro das vítimas.
*Estagiário do R7 sob supervisão de Pablo Marques
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De acordo com Rolse de Paula, Diretora da Associação Brasileira dos Advogados (ABA), em Curitiba, e especialista em direito aplicado, os crimes mais praticados atualmente envolvem engenharia social. Nesse caso, a própria vítima fornece informações pessoais, em perfis na internet ou em cadastros falsos, e esses dados são usados como base para aplicar um golpe
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"O golpista entra em contato com a vítima já com informações daquela pessoa. Eles sabem quem são os parentes e amigos próximos dos usuários e também aqueles que trocam informações financeiras pelo aplicativo", destaca a advogada
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Com essas informações, o cibercriminoso entra em contato com a vítima e tenta se passar por alguém conhecido para pedir uma transferência por Pix. Para evitar cair nesse golpe, a dica é ficar atento aos dados do destinatário da transferência, como nome, banco, agência e CPF
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Rolse lembra também que os Bancos e instituições financeiras nunca solicitam dados pessoais e financeiros por mensagens ou ligações. Contatos desse tipo devem ser sempre considerados como uma tentativa de fraude
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Francisco Gomes Júnior, advogado especialista em direito digital, ressalta que os usuários também devem ficar atentos a como os criminosos podem agir quando roubam celulares e tentam acessar os aplicativos bancários
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"Se a pessoa tiver o celular roubado, o maior perigo é o ladrão realizar transações que têm como destino contas laranjas, o que dificulta a identificação dos destinatários", diz o especialista
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Os especialistas afirmam que uma boa estratégia é sempre ter por perto o IMEI (Identificação Internacional de Equipamento Móvel) do dispositivo, que pode ser usado para bloquear o telefone junto com a operadora. Esse número costuma estar na caixa original do aparelho ou pode ser consultado digitando o código *#06#, nesse caso seria necessário anotar e guardar
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Francisco orienta também que a pessoa apague imediatamente os dados do aparelho remotamente. Os sistemas Android e iOS podem ser acessados pelo computador e a vítima pode deletar todas as informações
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A diretora da ABA afirma que outro golpe muito aplicado é o do QR Code falso, que acontece quando o criminoso tem acesso a algum registro de compra da vítima e se passa por um vendedor para cobrar um valor que precisaria ser acertado
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Como medida preventiva para esse caso, Rolse aconselha que as pessoas sempre fiquem atentas aos dados do destinatário antes de fazer uma transferência bancária e desconfiar de promoções exorbitantes ou que ofereçam formas fáceis de ganhar dinheiro
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Francisco aconselha habilitar a autenticação em duas etapas em todos os aplicativos que tenham essa opção. Assim, além da senha do desbloqueio do celular, é necessário ter senhas específicas para entrar em cada aplicativo
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Outra precaução é o uso da dupla checagem para operações financeiras, evitando que a confirmação se dê por código enviado por SMS, já que no caso de roubo, furto ou perda do aparelho as mensagens ficam de fácil acesso para o criminoso
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Para dificultar ainda mais a ação de criminosos, vale também habilitar senhas alfanuméricas mais longas, além dos 6 dígitos padronizados. Para isso, acesse as configurações do celular e configure uma nova senha com mais dígitos e/ou letras
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Caso a pessoa já tenha identificado que caiu em um golpe, os advogados orientam o cliente a entrar imediatamente em contato com o banco que foi o destino do Pix, além de fazer um boletim de ocorrência para ter o registro do crime
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Após registro do crime, é necessário entrar em contato com os bancos que a pessoa costumava usar por aplicativos do celular e encaminhar cópia do boletim de ocorrência e solicitar o bloqueio de cartões
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"Caso a instituição não dê o tratamento adequado, o usuário deve entrar em contato com o Banco Central, pelo telefone 145”, aconselha Rolse. Dependendo do caso, pode ser necessário ainda entrar com uma ação judicial
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