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Internet das Coisas pode ser um risco para a segurança dos usuários

A nova tecnologia é uma revolução para o cotidiano, mas preocupa pela falta de regulamentação sobre os dados coletados durante o uso de dispositivos

Tecnologia e Ciência|Filipe Siqueira, do R7

Celular deve se tornar um controle remoto de todos os cômodos da casa
Celular deve se tornar um controle remoto de todos os cômodos da casa Celular deve se tornar um controle remoto de todos os cômodos da casa

A Internet das Coisas está aos poucos mais presente no dia a dia das pessoas. Essa tecnologia conecta à rede praticamente qualquer dispositivo. Será uma nova forma de interação com as máquinas e um novo setor a ser explorado pela economia.

Em breve, as casas terão diversos equipamentos conectados à internet, além de computadores e de TVs. O ar condicionado poderá ser ligado antes de chegar em casa com um toque em um aplicativo de smartphone. O carro avisará sobre a necessidade de trocar o óleo do motor. 

A presença cada vez maior da internet aumenta também a preocupação com a segurança no ambiente online. A falta de regulamentação sobre os dados coletados durante o uso dos dispositivos é um dos pontos sensíveis a serem solucionados.

— Um grande desafio para os produtos do dia a dia se tornarem “inteligentes" é manter um preço acessível, mesmo com a tecnologia embarcada e requisitos mínimos de segurança atendidos — afirma Artur Ziviani, integrante do IEEE (Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos) e pesquisador do Laboratório Nacional de Computação Científica, em Petrópolis.

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Segurança

A privacidade e o compartilhamento de dados por empresas é justamente uma das questões mais debatidas. O cenário do futuro terá um aumento do roubo ou comercialização de de informações pessoais dos usuários. Nos último anos, já aumentaram os casos de espionagem dos aspectos online de cidadãos, assim como de empresas e governos que vendem dados para terceiros.

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— A privacidade é também uma questão cultural: saber o quanto que as pessoas estão dispostas a abrir mão da privacidade por uma funcionalidade que lhes seja útil. Um ponto importante é a conscientização sobre como os dados coletados podem ser usados — complementa Ziviani.

Regulamentação

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No cenário internacional, apenas a União Europeia criou ferramentas fortes o suficiente para garantirem a segurança. Corporações e governos estão sendo pressionados para adotarem práticas mais amigáveis a seus clientes. Algumas punições foram aplicadas por falhas na garantia de privacidade e segurança.

— Uma nova regulamentação sobre privacidade entrará em vigor na União Europeia em maio de 2018, a chamada Regulamentação para Proteção Geral de Dados (General Data Protection Regulation - GDPR), e prevê multas pesadas — diz o pesquisador.

Brasil

O país ainda tem o desafio de oferecer uma cobertura de internet de qualidade, mas já elaborou um Plano Nacional da Internet das Coisas, apresentado pelo Ministério de Ciência e Tecnologia Inovação e Comunicações e pelo BNDES, em 2017. A tecnologia será usada na saúde, na indústria, na agricultura e na infraestrutura urbana. A proposta é melhorar as cadeias produtivas e os serviços ao integrar a logística e o monitoramento por uma conexão de internet.

Apesar de ainda estar no início, o mercado doméstico de Internet das Coisas movimentará US$ 612 milhões, neste ano, segundo o levantamento do IDC Predictions Brasil 2018. 

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