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Robô brasileiro ajuda pacientes na UTI a manter contato com a família

Psicóloga ressalta a importância de conversas com familiares e amigos para conseguir superar uma internação por covid-19

Tecnologia e Ciência|Guilherme Carrara, do R7*

Tecnologia pode auxiliar em tarefas simples evitando contaminar profissionais de saúde
Tecnologia pode auxiliar em tarefas simples evitando contaminar profissionais de saúde Tecnologia pode auxiliar em tarefas simples evitando contaminar profissionais de saúde

Um robô desenvolvido para atuar em hospitais pode auxiliar o lado psicológico de quem está internado na UTI com covid-19 ao permitir o contato de pacientes com familiares. 

O equipamento consegue interagir em português, detectar pessoas ao redor e se movimentar de forma autônoma pelo corredores de um hospital. O projeto foi desenvolvido pela startup Human Robotics, que é acelerada pela Hotmilk -ecossistema de Inovação da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).

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Por ser uma doença contagiosa, pacientes da covid-19 não podem receber visitas de familiares. O acesso a dispositivos eletrônicos dentro das UTIs também é restrito. Então, as ligações por vídeo, mediadas por enfermeiros ou médicos, têm sido uma das formas de manter o contato com o lado de fora do hospital.

"À medida que esse paciente vai tendo contato com os médicos, com a família ou amigos, seja por celular ou tablet, ele tem a percepção de melhora. O fato de ouvir a voz do outro e ser escutado ajuda na cura", explica Dorli Kamkhagi, psicóloga do IPq e coordenadora do projeto LIM27, Laboratório de Neurociências na USP.

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Robô tem total autonomia de movimentos
Robô tem total autonomia de movimentos Robô tem total autonomia de movimentos

Os robôs também podem contribuir para reduizir a exposição de profissionais da saúde ao novo vírus. As máquinas podem desde levar comida ao quarto até fazer relatórios de rotina. No Japão e na China, a tecnologia já tem como finalidade auxilar no trabalho diário dentro dos hospitais antes mesmo da pandemia. Aqui no Brasil, o Hospital Universitário Cajuru (HUC), em Curitiba, foi o primeiro local escolhido para os testes com o novo robô brasileiro.

“Nos processos de teleatendimento, o uso dos robôs diminui a exposição dos médicos e enfermeiros a contaminações, ao mesmo tempo em que traz a humanização da medicina facilitando a comunicação por voz e vídeo entre pacientes (em quarentena ou não) e familiares. Além disso, proporciona o acesso remoto para acompanhamento de cirurgias e casos sem risco de contaminação”, explica Olivier Smadja, fundador da Human Robotics.

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Importância do contato dos familiares e amigos

Dorli explica que o contato pessoal com os familiares é essencial para os pacientes da covid-19 desde o momento em que chegam ao hospital, pois sentem medo.

A psicóloga afirma que "conversar com as pessoas queridas enquanto está no hospital aumenta o que chamamos de resiliência, pois o paciente sabe que tem que lutar por ele e pelo outro. Todo mundo precisa de um reforço para viver."

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*Estagiário R7 sob supervisão de Pablo Marques.

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