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Titanossauro achado na Argentina é o mais antigo do mundo

Dinossauro teria habitado a região da Patagônia, no Sul do país, há mais de 140 milhões de anos, segundo pesquisadores

Tecnologia e Ciência|Da AFP

Cientistas argentinos revelaram neste domingo (28) a descoberta de um titanossauro que viveu há 140 milhões de anos e que seria o mais antigo já encontrado, e a evidência de que essas espécies gigantescas se originaram no início do período Cretáceo.

Trata-se da espécie Ninjatitan zapatai, de 20 metros de comprimento, encontrada em 2014 na formação da Baijada Colorada, na província de Neuquén, sudoeste da Argentina, informou a Agência de Divulgação Científica da Universidade de La Matanza (CTyS-UNLaM).

Arqueólogos com o fóssil do titanossauro
Arqueólogos com o fóssil do titanossauro Arqueólogos com o fóssil do titanossauro

"A maior importância deste fóssil, mais além de ser uma nova espécie de titanossauro, é que se trata do registro mais antigo em nível mundial para este grupo", explicou Pablo Gallina, pesquisador da Fundação Azara da Universidade Maimónides e do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas (Conicet), segundo a nota.

Os titanossauros eram um subgrupo de saurópodes, dinossauros herbívoros gigantes com pescoços e caudas longos e, possivelmente, os maiores animais que já caminharam na Terra. Até hoje, apenas os titanossauros comantiguidade de no máximo 120 milhões de anos eram conhecidos. A descoberta, porém, situa os mesmos no início do Cretáceo, período que começou há 145 milhões de anos e terminou há quase 66 milhões de anos.

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Réplica da ossada projetada no Museu Municipal Carmen Funes
Réplica da ossada projetada no Museu Municipal Carmen Funes Réplica da ossada projetada no Museu Municipal Carmen Funes

"Esta descoberta é muito importante também para o conhecimento da história evolutiva dos saurópodes, porque os registros fósseis do começo do Cretáceo são realmente muito escassos em todo o mundo", explicou Gallina, autor principal do estudo, publicado neste domingo na revista científica argentina "Ameghiniana".

Em 2014, o técnico Jonatan Aroca encontrou uma escápula bem completa e, na escavação seguinte, apareceram três vértebras e alguns ossos de suas patas traseiras, uma parte do fêmur e o que seria a fíbula do titanossauro.

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“A priori, devido à idade desse material, de 140 milhões de anos, podia-se supor que fosse uma forma anterior à origem dos titanossauros, pois na Patagônia só se conheciam titanossauros com menos de 120 milhões de anos”, explicou à CTyS-UNLaM José Luis Carballido, pesquisador do Museu Egidio Feruglio e do Conicet, que se dedicou à análise das relações filogenéticas do animal.

O estudo revelou que "ele fazia parte da família dos titanossauros. Não somente representava a espécie mais antiga de titanossauro, mas também nos permite conhecer muito mais sobre a origem desse grupo", destacou Gallina.

O titanossauro foi batizado de Ninjatitan zapatai, em reconhecimento ao pesquisador argentino Sebastián Apesteguía, conhecido como "El Ninja", e ao técnico Rogelio Zapata.

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