Após quase três anos, a família da empresária Fernanda Marques Soares, de 36 anos, ainda espera por justiça. A vítima teria sido assassinada após uma discussão com a ex-companheira, Josiane Andrade Silva, que está em liberdade.
Uma audiência sobre o caso, que estava marcada para agosto, foi reagendada para setembro. Essa seria a última antes do julgamento, que está previsto para outubro, e seria a primeira vez que familiares da vítima ficariam frente a frente com a suspeita.
Uma prima da vítima, Scheila Soares, não escondeu a decepção depois do adiamento da audiência sobre o caso e, consequentemente, o encontro com a suspeita.
— Criamos uma expectativa imensa, preparamos nosso psicológico pra passar por esse momento de estar de frente com a assassina da minha prima. Mas, eu vou continuar pedindo justiça, clamando por justiça.
O crime aconteceu no condomínio onde elas moravam em Buraquinho, no município de Lauro de Freiras, na RMS (região metropolitana de Salvador), em dezembro de 2013.
Fernanda foi encontrada caída no quarto e com diversas facadas pelo corpo. Gravemente ferida, Josiane foi levada para um hospital da região, onde chegou a ficar internada na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo).
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Na época do crime, a auxiliar administrativa foi autuada em flagrante e, mesmo assim, conseguiu o relaxamento da prisão. Atualmente, ela responde ao processo em liberdade.
A família da vítima não acredita que elas teriam se desentendido a ponto de ser agredir. Fernanda e Josiane tiveram um relacionamento durante dois anos, mas, na época do crime, já tinham terminado o namoro. Mesmo assim, Fernanda deixou Joseane permanecer no imóvel até conseguir um local para morar.
Segundo a prima da vítima, a principal suspeita do crime tinha gênio muito forte, um dos motivos para o término da relação.
— Ela é uma pessoa muito perigosa, muito agressiva. A maneira como ela procedeu, com a violência e agressividade. Na minha opinião, ela oferece um grande risco a sociedade. A justiça precisa agir o mais rápido possível.
O caso está sob os cuidados da 1ª Vara Crime do Júri, que deve ouvir familiares e a secretaria de Fernanda, além da principal suspeita, no dia 30 de setembro.
Enquanto Josiane não é julgada, a prima da vítima afirma que a principal suspeita leva uma vida normal.
— As pessoas veem ela indo ao cinema, se divertindo, trabalhando. Assassina, né? Ela não roubou uma lata de leite, ela matou uma pessoa com requintes de crueldade.