“É uma dor que a gente nunca vai superar. Afinal de contas foi um pedaço da gente que se foi. A gente nunca pensa que vai aconteceu com a gente, hoje eu tô sentindo na minha pele. É como se aquela cena fosse ontem”, desabafa Valdete Mineiro da Silva, que teve o filho assassinado pelo amigo após uma briga por causa de um churrasco.
Já se passaram nove meses desde a morte de Rubem Silva dos Santos, de 22 anos, que foi assassinado após um desentendimento com um colega.
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A briga entre eles começou com uma brincadeira de mau gosto: uma disputa por um prato de carne. O clima ficou tenso entre os colegas, que chegaram a entrar em luta corporal, mas outros amigos separaram a briga e cada um foi pra casa.
Rubem já estava dormindo quando dois homens invadiram a casa dele e efetuaram três tiros na cabeça do rapaz, que não resistiu. Os suspeitos fugiram e um deles é o homem que se desentendeu com Rubem no churrasco. Os dois se apresentaram dias depois à polícia e respondem em liberdade.
Rubem e um dos suspeitos eram amigos, cresceram juntos no bairro de Sussuarana, em Salvador, e sempre jogaram futebol. A vítima deixou um filho de dois anos e todos tiveram que se mudar do bairro.
A falta de punição para os envolvidos no crime aumenta mais a revolta da mãe de Rubem. Valdete espera que os culpados pela morte do filho sejam punidos.
— A única coisa que eu quero é justiça. Eu quero ter o gostinho de olhar esses assassinos pelo menos um dia, porque eu sei entra por uma porta e sai pela outra, mas eu quero ter esse gosto de olhar cara a cara com eles. Mataram meu filho covardemente por causa de prato de churrasco.