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Após reunião com Temer, Meirelles diz que é preciso reverter trajetória da dívida

Ex-presidente do BC disse que só vai tratar medidas específicas após afastamento de Dilma

Brasil|

Henrique Meirelles é o nome mais cotado para comandar o Ministério da Fazenda em um provável governo Temer
Henrique Meirelles é o nome mais cotado para comandar o Ministério da Fazenda em um provável governo Temer Henrique Meirelles é o nome mais cotado para comandar o Ministério da Fazenda em um provável governo Temer

O ex-presidente do BC (Banco Central) Henrique Meirelles, nome mais cotado para comandar o Ministério da Fazenda num provável governo Temer, disse nesta segunda-feira (2) que é preciso reverter a trajetória da dívida pública e ter claro o que é preciso fazer para o País sair do atual ciclo econômico negativo.

— O País tem condições de honrar os seus compromissos. A questão toda é exatamente o custo, a questão toda é o que será necessário ser feito para que de um lado a trajetória de crescimento da dívida pública tenha sinais claros de reversão.

Meirelles conversou com jornalistas após reunião com o vice-presidente Michel Temer, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e os ex-ministros Eliseu Padilha, Moreira Franco, Geddel Vieira Lima e Henrique Eduardo Alves. Pare ele, ao contornar o problema econômico, podem partir do aumento dos índices de confiança.

— E, em consequência, possa haver uma reversão do índice de confiança que leve a um aumento do investimento, e portanto a criação de emprego, e portanto o maior consumo, e portanto os bancos voltem a emprestar... isso é que o país espera e é isso que é necessário ser feito.

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Em março, o setor público consolidado teve um déficit primário recorde para o mês, de R$ 10,644 bilhões, segundo dados divulgados pelo BC na semana passada. A dívida líquida atingiu 38,9% do PIB (Produto Interno Bruto), enquanto a dívida bruta foi a 67,3% do PIB.

Meirelles procurou desconversar sobre possíveis medidas em discussão, dizendo que o encontro tratou de avaliações e diagnósticos, uma vez que se aguarda a decisão do Senado sobre o afastamento da presidente Dilma Rousseff. Mas deu ênfase na importância das concessões para uma retomada do crescimento econômico e mencionou genericamente a necessidade de medidas microeconômicas.

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— A questão fiscal é fundamental nesse processo, não há dúvida. [...] A questão das concessões visando viabilizar exatamente investimentos diretos em infraestrutura, que no primeiro momento cria demanda, cria emprego, e no segundo momento vai gerar uma diminuição do custo do País, além de uma série de medidas que visem a facilitar o funcionamento da economia e que hoje dificulta na área da microeconomia.

Perguntado sobre algum tipo de limitação dos gastos, Meirelles disse que "um controle legal, até constitucional, da trajetória de gastos é uma das alternativas interessantes que certamente serão contempladas".

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