Um dia depois de aceitar a demissão do ministro da Educação, Cid Gomes, a presidente Dilma Rousseff negou nesta quinta-feira (19), no Palácio do Planalto, que esteja em curso uma reforma ministerial menos de três meses após o início do seu segundo mandato.
— Não tenho perspectiva de alterar nada nem ninguém, mas as circunstâncias, às vezes, obrigam você a alterar, como foi o caso da Educação. Não tem reforma ministerial.
De acordo com a presidente, "reforma ministerial é uma panaceia, ou seja, não resolve os problemas".
— O que resolve os problemas nós estamos colocando em prática.
Dilma afirmou ainda que escolherá para o cargo de ministro da Educação uma pessoa "boa" para a área, independentemente de partido político.
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Ontem, o então ministro da Educação Cid Gomes teve um bate-boca no plenário do Congresso Nacional e gerou um mal-estar com parlamentares da base governista. Na Câmara, diante de parlamentares, Cid sinalizou que o PMDB fragiliza o governo intencionalmente, como forma de pressionar por mais espaço no primeiro escalão.
— Alguns querem criar dificuldade para conseguir mais um ministério. Tinha um que só tinha cinco, criou dificuldade para obter o sexto, vai querer o sétimo, vai querer o oitavo, vai querer a Presidência da República.
Cid, porém, perfeu a queda de braço, não resistiu ao confronto com o Legislativo e entregou o cargo a Dilma Rousseff, que aceitou o pedido de demissão.
A saída de Cid da Educação foi divulgada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que anunciou o desligamento do ministro no plenário da Casa.
— A Casa Civil acaba de me informar que o ministro da Educação, Cid Gomes, foi desligado do cargo.
Assista ao vídeo com o bate-boca de Cid Gomes com parlamentares: