A presidente Dilma Rousseff participou nesta terça-feira (28) da inauguração da fábrica da montadora de veículos Jeep, em Goiana (PE). Durante a cerimônia, ela admitiu as dificuldades que a economia brasileira passa, mas fez questão de ressaltar a importância da indústria automotiva no Brasil.
— [A fábrica] é algo que honra o nosso País e honra essa região. Nós sabemos que é uma planta com grande capacidade produtiva, condizente com as perspectivas do setor automobilístico e do nosso País. E eu falo isso não ignorando as dificuldades e a desaceleração que o Brasil passa por este momento, mas dentro da certeza do compromisso e do empenho do meu governo em trabalhar para aprimorar as bases, para garantir o crescimento da demanda, da produção e do desenvolvimento social e regional do País.
A mensagem da presidente vem em um momento difícil para as montadoras instaladas no Brasil. Há mais de uma década, o setor não enfrentava um primeiro trimestre tão ruim. Resultado disso reflete diretamente nos empregos: mais de 3.600 postos fechados desde o começo de 2015.
Queda nas vendas puxa onda de demissões nas montadoras de veículos do País
No discurso, Dilma falou sobre os ajustes na economia “não vão ofuscar o fato de que a indústria automotiva no Brasil hoje deu um passo à frente”.
— Ela está mais globalizada, com empresas provenientes de um número bem maior de países, cujos resultados serão cada vez mais importantes para suas matrizes. Nós queremos mais e essa planta faz parte desse querer mais. Nós também queremos ser, além de uma plataforma de produção, uma das principais bases de inovação da indústria automobilística mundial.
A presidente ainda destacou a refinaria de Abreu e Lima, da Petrobras — citada em diversos escândalos de corrupção, por suposto superfaturamento nas obras. Segundo ela, a refinaria vai permitir, junto com a fábrica da Jeep, a criação de um polo industrial em Pernambuco.
*O jornalista Diogo de Oliveira viajou a convite da Jeep.