Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Corrupção no Brasil começou no descobrimento, diz Cardozo na CPI da Petrobras

Ministro diz que corrupção é doença sombria e que governo não manobra contra investigações

Brasil|Sandro Guidalli, do R7, em Brasília

Cardozo: não há ilegalidade em reunião com defesa de empreiteiras
Cardozo: não há ilegalidade em reunião com defesa de empreiteiras Cardozo: não há ilegalidade em reunião com defesa de empreiteiras

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, ao falar à CPI da Petrobras na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (15), disse que jamais recebeu orientação da presidente da República a fim de impedir investigações da Polícia Federal. 

Cardozo afirmou que a corrupção no Brasil começou no século 16, mas destacou que o País avançou nos últimos anos quanto aos mecanismos que garantem autonomia às apurações.

O ministro foi questionado sobre encontro que manteve com advogados das empreiteiras investigadas na Lava-Jato em seu gabinete em fevereiro passado.

Ele falou à CPI da Petrobras, na Câmara dos Deputados e negou que controle ou instrumentalize investigações da Polícia Federal.

Publicidade

O ministro disse ainda que o próprio juiz Sergio Moro não o censurou pelo encontro porque não há notícias ou prova que tenha agido inapropriadamente.

— O próprio TRF [Tribunal Regional Federal] afirmou que não houve ilegalidade na única reunião que mantive com os advogados da Odebrecht.

Publicidade

Cardozo afirmou que a empresa queria apresentar duas solicitações. Uma sobre suposta leniência da PF sobre vazamentos que prejudicavam a imagem da empresa. E um outro pedido foi sobre cooperação internacional em matéria penal. A Odebrecht afirmou que havia irregularidades nessa cooperação e que pedia auxílio com a emissão de uma certidão do Ministério da Justiça. 

— Eu relatei os fatos ao procurador Rodrigo Janot e ele me disse que o Ministério da Justiça não poderia emitir a certidão pois há sigilo sobre o assunto na Justiça.

Publicidade

Cardozo disse que a agenda do encontro foi pertinente aos assuntos da pasta. E que não receber advogados é desrespeitar a Lei. Ele afirmou discordar da "criminalização" do encontro com advogados e das opiniões contra a reunião manifestadas pelo juiz Sergio Moro e o ex-ministro do STF, Joaquim Barbosa.

Encontro em Portugal

Cardozo também foi questionado sobre encontro entre ele, o presidente do STF, Ricardo Levandowski e a presidente Dilma na cidade do Porto, em Portugal há três semanas e se nele houve conversas sobre a Operação Lava-Jato, além do aumento salarial dos servidores do Poder Judiciário.

O ministro negou que o encontro tenha sido sigiloso e que a Lava-Jato não foi comentada.

— Se fosse para falar sobre a Lava-Jato o ministro que teria sido chamado para falar com a presidente teria sido o ministro Teori Zavascki sob o qual está o processo da Lava Jato.

O deputado Bruno Covas (PSDB-SP) afirmou que foi estranho o deslocamento de todos para a cidade portuguesa e que por isso são naturais as especulações de que a Lava-Jato e seus desdobramentos tenham sido tratados na reunião.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.