A declaração da ex-ministra dos Direitos Humanos e deputada federal, Maria do Rosário (PT-RS), sobre a execução do brasileiro Marco Archer está gerando opiniões polêmicas. Archer foi executado na Indonésia neste sábado (17) por tráfico de drogas.
Em sua conta no Twitter, a ex-ministra disse ser contra a execução, mas afirmou que Archer não deve ser visto como um “herói” e sim como um “traficante”.
— Fui contra a execução. Sou contra a pena de morte. Mas que interesse há para onde as cinzas serão levadas no Brasil? O sujeito não era herói, era traficante.
Rival de Maria do Rosário na Câmara dos Deputados, o pastor Marco Feliciano (PSC-SP) aproveitou para alfinetar a adversária também em seu perfil na rede social.
Feliciano chegou a citar a jornalista Rachel Sheherazade, famosa por posições polêmicas em relação a temas ligados aos direitos humanos.
— Fosse eu ou Rachel Sheherazade a falar a mesma coisa e o mundo petista nos executaria também. (...) Esquerdopatas são assim, ambíguos, maquiavélicos, cruéis, mentirosos, falsos, arrogantes e insolentes.
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A nova ministra dos Direitos Humanos, Ideli Salvatti, também comentou o tema na internet. Ideli participa nesta segunda-feira de um bate-papo com internautas no Facebook. Questionada sobre o posicionamento de sua antecessora, a ministra preferiu amenizar o clima e se limitou a dizer que a pena de morte não é educadora.
— Tráfico de drogas é crime hediondo. A pena de morte é irreversível e não é educadora e não faz parte da tipificação penal. O Brasil participa na ONU (Organização das Nações Unidas) do grupo de Países que defendem a eliminação da pena de morte no mundo.
A execução do brasileiro causou desconforto no governo brasileiro. A presidente Dilma Rousseff afirmou estar “indignada” com a situação e convocou o embaixador brasileiro no país asiático para consultas. Essa atitude é interpretada como um estremecimento nas relações entre dois países na diplomacia.